O Grupo Raízen (Shell e Cosan), o maior produtor nacional de etanol da cana-de-açúcar, aponta um horizonte interessante em seu vasto “Relatório Integrado Safra 23/24”. Os executivos registraram lá que, até 2030, portanto em prazo cheio de seis anos e meio, o grupo atingirá “a rastreabilidade geográfica de 100% de nossa matéria-prima”. Isso, sustenta o documento, reflete “nosso compromisso com a transparência e a qualidade”.
É, portanto, compromisso relevante aos olhos do mercado consumidor de diversos nichos e, na sustentação de desafios do business perante os investidores. O desfio, todavia, ficou escondidinho, como se diz para notícias quase perdidas no interior de densas retrospectivas. Esse relatório foi encaminhado, nesta qui (1º/08), à Bolsa de Valores B3.
A Raísen chama atenção para outro aspecto igualmente relevante. A associa o “compromisso” ao fator qualidade do produto que entrega. Considerando, entre outros, o fator da “perecibilidade” da cana-de-açúcar. “Uma das características da cana-de-açúcar é sua perecibilidade, reforçando ainda mais a necessidade de rastreabilidade. Para assegurar a qualidade e integridade de nossos produtos…”. Vem daí, portanto, o compromisso com a rastreabilidade.
O grupo tem operações no Brasil (concentrados no Sul/Sudeste), Argentina, Paraguai e Bolívia, mas com atuação bem mais ampla. A marca está em mercados das Américas, Europa, África, Oriente Médio e Ásia.
Números macros do balanço safra 23/24:
– Processou 82,4 milhões de toneladas de cana (recorde);
– Produziu 36 milhões de litros de etanol;
– Gerou receita líquida de R$ 220,5 bilhões;
– Realizou investimentos de R$ 12,7 bilhões;
– Obteve lucro líquido de R$ 1,43 bilhão;
– 46 mil empregados.
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