A venda do controle acionário da Cia. de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira S.A. (Cedro), 110 dias após o anúncio da assinatura do Memorando de Entendimentos não vinculante (MoU), “está em fase avançada”. O negócio é com a Vicunha Têxtil S.A. O estágio das tratativas foi comunicado, nesta segunda (12/08), pela própria Cedro à Bolsa de Valores B3.
A Vicunha é uma controlada do Grupo Vicunha, ou seja, parte dos negócios da família do empresário Benjamin Steinbruch (Grupo CSN). A alienação é do interesse dos “integrantes do Comitê Executivo que representa seus acionistas controladores”.
“A Companhia informa que a auditoria legal, contábil e financeira está em fase avançada e que as partes seguem negociando os termos dos documentos definitivos“. Essa afirmação é parte do despacho à B3, datado de ontem (11/08).
Neste estágio as negociações são tratadas como due dilligence. Caso as partes cheguem a bom termo, será, então, celebrado acordo. Todavia, precisará passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade/Ministério da Justiça).
Cedro vale no mercado R$ 239 milhões
A Cedro existe há mais 150 anos. Opera quatro fábricas em Minas Gerais e lidera no segmento de tecidos industriais, principalmente para confecção de uniformes e roupas profissionais (workwear). Essa linha responde por 70% das vendas.
Em 2023, a companhia teve bons resultados, como, por exemplo, a reversão do prejuízo líquido no exercício anterior (R$ 27 milhões), e registrar lucro de R$ 80,1 milhões. A receita, de R$ 1,115 bilhão, apresentou, queda de 9,1% comparada com 2022.
A têxtil mineira apresentou, no final de março, ativo imobilizado de R$ 382 milhões e patrimônio líquido de R$ 215 milhões. Na tabela da B3, o valor de mercado da companhia mineira é de R$ 239,3 milhões, ou seja, queda de 8,25% em relação a 31 de julho.
A Vicunha é bem maior e lidera no nicho de jeans. Em 2023, faturou R$ 2,4 bilhões.
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