Amanhã, 24 de agosto, o país relembrará a data da trágica saída de cena do maior político da sua história, o então presidente Getúlio Dornelles Vargas. Essa página, de 1954, ainda não recebeu o ponto final. Permanecem dúvidas.
Nessas sete décadas, houve, até mesmo, espaços para questionamentos do ato do suicídio, no leito da cama, no interior do Palácio do Catete. O Catete, na cidade do Rio de Janeiro, o Distrito Federal de então, abrigava a sede do oficial do Governo e a residência do presidente.
Por fora, o capítulo dos caminhos da caneta com a qual Vargas, gaúcho de São Borja, escreveu ao povo a despedida, a carta-testamento. O objeto teria sido “doado” a um de seus ministros, o mineiro Tancredo Neves. A própria carta não seria uma, mas, sim, duas.
Haveria, portanto, um parágrafo de encerramento (com uma gama de anexos) em aberto para historiadores e pesquisadores se debruçarem.
A saída de cena de Vargas causou comoção à Nação. Imagens da reação do povo nas ruas do Rio, no cortejo de despedida do presidente, ilustram bem a dor. O político foi também ditador – 1930-1945. Deposto, voltou ao povo por eleições democráticas, em 1950. Foram, portanto, dois períodos da chamada Era Vargas.
Vargas com JK dias antes da morte
Vargas cumpriu Belo Horizonte, em 12 de agosto daquele ano, um de seus últimos atos políticos importantes. Esteve em companhia do então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek. JK viria a ser eleito presidente da República em 3 de outubro de 1955.
A história do Brasil, de 1954 para cá, foi escrita com os períodos de democracia, um longa e sanguinária ditadura militar e, novamente, esta fase de democracia. As eleições livres para governadores de 1982 estabeleceram um novo marco importante na vida política do país.
Em 1982, lições com Tancredo e Barbacena livre
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