Reta final só tem três na briga pelo 2º turno em BH Reta final só tem três na briga pelo 2º turno em BH

Reta final só tem três na briga pelo 2º turno em BH

Urnas eletrônicas já estão preparadas para receber a votação do dia 6 de outubro, foto Renato Toledo/TRE-MG

Feitas todas as contas, a constatação é inevitável: disputam as eleições da Prefeitura de Belo Horizonte apenas três candidatos, nesta reta final, com chances de passar ao segundo turno. A situação é de empate técnico triplo, como constatou a pesquisa Opus/Estado de Minas, divulgada nesta segunda (30/9), neste jornal. Os candidatos Mauro Tramonte, do Republicanos, com 25%, Bruno Engler, do PL, tem 20% e Fuad Noman, do PSD, 18%, brigarão por duas vagas no duelo final.

Os outros quatro candidatos Duda Salabert (PDT), Gabriel Azevedo (MDB), Carlos Viana (Podemos) e Rogério Correia (PT) estão empatados tecnicamente de 7% a 4%. A pesquisa foi feita entre os dias 25/9 e 27/9, ouviu 800 entrevistas numa margem de erro de 3,5% p.p. e está registrada na Justiça Eleitoral pelo número 5372/2024.

Estão registradas outras dez pesquisas sobre o cenário para tentar antecipar quem estará no segundo turno. Nenhuma delas consegue garantir, hoje, quem serão os finalistas diante do que sondaram. Em todos os cenários, Tramonte estaria garantido, embora haja riscos; em um e outro, a segunda posição vai de Fuad a Engler.

Para os aliados de Engler, o bolsonarismo o leva ao segundo turno, mas preocupação é de que o candidato ganhe vida própria para vencer a eleição na etapa final. Ele é aconselhado a ampliar a base de eleitores junto aos jovens e mulheres. Pouco conhecido, Fuad também falha ao não ir aos debates e na relação com os jovens e nas redes sociais, onde investiu apenas R$ 400 mil dos R$ 17,5 milhões já gastos.

PSD acredita pouco em Fuad

O prefeito e candidato à reeleição é filiado ao PSD, mas é o partido de seu vice, Álvaro Damião, o União Brasil, que está apostando e investindo na chapa. Até o momento, o União repassou R$ 7,5 milhões para a campanha, enquanto o PSD do presidente nacional Gilberto Kassab colocou apenas R$ 5 milhões.

No Rio de Janeiro, onde o prefeito Eduardo Paes, do mesmo partido, tem chances reais de reeleição, Kassab mandou R$ 21,3 milhões. Já o concorrente direto de Fuad, em BH, Bruno Engler, recebeu de seu partido (PL), R$ 15 milhões, que são 93% dos R$ 16 milhões já gastos.

Debate 1: mais do mesmo

O quarto debate entre os candidatos a prefeito de BH, pela Record Minas, no sábado, não derrubou a audiência, mantida em 7% para sua faixa-horário. Ainda assim, foi um confronto vazio, tipo “mais do mesmo”, lembrando um programa do horário gratuito eleitoral.

Fuad perdeu, claro, ao não ir por deixar impressões negativas do gesto, como medo, fragilidade e falta de transparência. A informação que vem de sua campanha é que ele irá e está se preparando para, pelo menos, dois dos três restantes: Rádio Itatiaia e TV Globo.

Debate 2: pool de emissoras

Tudo somado, já passou da hora de as emissoras se unirem em um debate em favor de uma contribuição mais cidadão. Do ponto de vista comercial, o pool de emissoras não traria prejuízo algum; ao contrário, haveria audiência virtual de 100%, somando-se a conexão de todas com a mesma exibição. Poderiam fazer dois encontros, um no início da campanha e outro no final. Ganhariam todos. A experiência já é aprovada, por exemplo, nos EUA.

Plano contra ostracismo

Os concorrentes à eleição da PBH deveriam ter, além do plano A, ou seja, vencer a eleição, o plano B, que consistiria em saber como sair da disputa em caso de derrota. Virar uma liderança emergente, com trajetória ascendente, ou sair menor, com indicativo até de ostracismo.

Por onde andam, por exemplo, o ex-deputado federal Leonardo Quintão (2008), o ex-vice-prefeito de BH Délio Malheiros (2016) e o deputado estadual João Vitor Xavier (2020). Apesar da derrota, foram protagonistas nas últimas quatro eleições a prefeito da capital.

PT terá baixo desempenho

O presidente Lula (PT) tem dito a aliados próximos que vai rever os rumos do partido após as eleições, especialmente em função do fracasso eleitoral que se anuncia. Em Minas, por exemplo, à exceção de Contagem (Grande BH), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Teófilo Otoni (Mucuri), o PT deverá sair derrotado. A avaliação de alguns petistas é que o país mudou, mas o partido, não.

Presente de aniversário

Depois de participar de dezenas de eleições, o presidente do TRE mineiro, desembargador Ramom Tácio, comandará a primeira no atual cargo. “É só alegria e um privilégio. Tem países que nem tem eleição e democracia”, disse o magistrado, quando comemorava o feito e os 62 anos, nesse domingo, junto da família.

TCE ensina governança

Diante da omissão e falta de entendimento entre o governo estadual e prefeituras da Grande BH, o Tribunal de Contas de Minas (TCE) tomou a iniciativa para resolver o problema de gestão na limpeza da Lagoa da Pampulha (norte da capital).

Nesta terça-feira, o Tribunal vai reunir, em sua sede, o governador Romeu Zema e as Prefeituras de Belo Horizonte e Contagem para assinar convênio de cooperação de implementação do “Sistema de Governança e Gestão da Bacia da Lagoa da Pampulha”, O objetivo é dar início às ações de despoluição e recuperação da Lagoa da Pampulha.

(*) Publicado no Jornal Estado de Minas

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Economia
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