Surra de votos na ditadura dos generais - há 42 anos - Além do Fato Surra de votos na ditadura dos generais - há 42 anos - Além do Fato

Surra de votos na ditadura dos generais – há 42 anos

  • por | publicado: 26/10/2024 - 11:10

TSE fará testes nas urnas neste sábado (26/10) - Imagem ilustrativa da fachada do tribunal, em Brasília - Crédito: Marcello Casal/Agência Brasil

O país vivia o quinquênio do governo do último ditador militar do golpe de 1964, o general João Batista Figueiredo, e aumentava, portanto, a sede do povo pela volta da democracia. O cenário político de 1982 unia, nos votos, lideranças políticas incontestáveis que concorriam aos governos das três principais economias regionais: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Franco Motoro (PMDB), Leonel Brizola (PDT) e Tancredo Neves (PMDB), respectivamente, por SP, RJ e MG, puxavam, nas expectativas pelos votos, o eleitorado para sacramentar nas urnas o fim do regime de opressão.

Brizola encarou esquema de fraude dos votos

Brizola, entretanto, teve um embate particular. O principal grupo de comunicação do país e aliado do regime militar, as Organizações Globo, assumiu um plano de fraude na contagem dos votos (cédulas de papel) no Estado do Rio de Janeiro. A TV Globo, Rádio Globo e jornal O Globo queriam, então, a vitória ao partido dos militares, o PDS (antiga Arena).

Mas, Brizola (único politico brasileiro a governar dois Estados diferentes) decidiu encarar o poder da mídia das Organizações Globo. Esse foi, pois, seu segundo embate contra os militares. O primeiro, em 1961, quando os generais tentaram impedir a posse do vice João Goulart, na renúncia de Jânio Quadros.

Corrida para 026 começa amanhã

Amanhã (27/10), em segundo turno das eleições municipais, o país irá às urnas em 50 cidades: 15 capitais e 35 centros. O clima é muito diferente, claro, de 1982. Além disso, o sistema de votação, digital, bem mais confiável.

O domingo, em paralelo, marcará, portanto, o início da arrancada para valer do pleito de 2026. Em eleições gerais, daqui a dois anos, o eleitorado escolherá os nomes para:

  • novo presidente da República;
  • 27 governadores;
  • 513 deputados federais;
  • 1.035 deputados estaduais e 24 distritais (DF); e,
  • 54 senadores (renovação de dois terços das 81 cadeiras do Senado).

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Todavia, pelo sim, pelo não, neste sábado (26/10), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará testes de autenticidade e integridade do sistema das urnas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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