Mineiros abrem 2025 com endividamento maior que em 2024 Mineiros abrem 2025 com endividamento maior que em 2024

Mineiros abrem 2025 com endividamento maior que em 2024

Consumidores recorrem ao Procon Assembleia, foto Guilherme Bergamini/ALMG

Levantamento da CDL/BH revelou que o índice dos mineiros com contas em atraso cresceu 2,86% em janeiro de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. De acordo com a pesquisa, os consumidores entre 30 e 39 anos são os principais inadimplentes, e o valor médio devido ultrapassa R$ 4 mil. Na passagem de dezembro para janeiro, também foi registrado um crescimento de 1,11% na base de inadimplentes mineiros.

Os dados da CDL/BH foram feitos com base nos números do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que revela que cada consumidor possui, em média, 2 débitos e dívida média de R$ 4.357,22. O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva atribui esse aumento da inadimplência à alta dos juros, o que impede negociações de dívidas mais razoáveis. Além disso, a falta de controle financeiro, especialmente das pessoas economicamente ativas. “Na outra ponta, estão fatores macroeconômicos como a inflação do país, com destaque para os alimentos. Tudo isso esmaga o poder de pagamento das famílias, sobretudo as de baixa renda, e impede que elas paguem as contas em dia”, avaliou.  

Análise dos inadimplentes

Em uma análise por gênero dos inadimplentes, o valor médio devido pelos homens (R$ 4.631,97) é maior que o das mulheres (R$ 4.267,40), ainda que eles tenham menor volume de atrasos. Os homens respondem por 44,36% dos volumes das dívidas e as mulheres por 44,5%. A diferença (11,14%) corresponde ao gênero não determinado no banco de dados do SPC.

O levantamento também considerou a relação da inadimplência por faixa etária. O grupo entre 30 e 39 anos foi o que mais acumulou débitos em janeiro, representando 23,82% da base do SPC Brasil. O valor médio devido por esse grupo é de R$ 5.233,67. “Esse grupo tende a ser recorrente na inadimplência. Ele entra para o cadastro de negativados, tem dificuldades de acessar o crédito, nem sempre faz boas negociações das dívidas e, por isso, não consegue honrar com os compromissos e retorna à inadimplência. Suas contas, geralmente, estão ligadas à cartão de crédito e financiamento estudantil”, apontou a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.

Inadimplências e faixas etárias

18 a 24 anos: 5,3% – R$ 3.084,01

25 a 29 anos: 10,8% – R$ 3.060,92

40 a 49 anos: 21,89% – R$ 4.824,83

50 a 64 anos: 21,68% – R$ 4.103,36

65 a 84 anos: 13,43% – R$ 3.398,85

85 a 94 anos: 2,06% – R$ 1.634,48

Acima de 95 anos: 0,72% – R$ 965,51

(*) com Ascom CDL/BH

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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