O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), recebe amanhã, às 9h, o governador Romeu Zema para discutir, segundo informações oficiais, a Lei Kandir. Participam também representantes do Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas.
O encontro entre os chefes do Executivo e do Legislativo se dá, entretanto, no último dia de trabalho dos deputados antes do recesso, que começa na sexta. Na pauta está a votação dos nove vetos do governador à reforma administrativa, entre eles o que mantém o pagamento de jetons para os secretários de Estado.
De acordo com um parlamentar com bom trânsito no Executivo, a reunião entre Agostinho e Zema poderá servir também para selar um acordo de paz, já que a relação entre os Poderes tem sido tumultuada. De um lado, o governo cede e atende as reivindicações dos deputados. Do outro, a Assembleia votaria os vetos do governador à reforma administrativa, para que tudo fique como quer o Executivo.
O governo vinha resistindo ao chamado “toma lá, dá cá”, sob o argumento de que essa era uma prática da velha política. Mesmo reivindicações legítimas de aliados, estabelecidas em bases inteiramente republicanas, vinham sendo negadas.
Mas as negociações avançaram hoje à tarde. O governo teria concordado em atender deputados da base com nomeações e obras, desde pequenas até de maior vulto. Tinha deputado pedindo até mata-burro, ainda de grande importância para pequenas cidades do interior, em especial para a zona rural.
A primeira sessão extraordinária de amanhã está marcada para 10 horas, logo após a reunião de Agostinho com Zema. Mas os vetos só entrarão na pauta se houver um quórum mínimo de aproximadamente 40 deputados. Sem esse número o governo avalia que pode sair derrotado e não vai arriscar.
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