Pesquisa aponta que maioria reprova venda da Cemig e da Copasa Pesquisa aponta que maioria reprova venda da Cemig e da Copasa

Pesquisa aponta que maioria reprova venda da Cemig e da Copasa

  • por | publicado: 16/10/2019 - 17:42 | atualizado: 17/10/2019 - 11:03

O diretor do MDA, Marcelo Souza, e o presidente da AMM, Julvan Lacerda, foto Ascom/AMM

Levantamento aponta que a maioria dos mineiros reprova a privatização da Cemig e da Copasa. A sondagem foi realizada pelo Instituto MDA, em parceria com a Associação Mineira de Municípios (AMM). De acordo com os dados, 47,7% dos entrevistados são contra a venda da Cemig e outros 36,2% disseram ser favoráveis. Não souberam ou não responderam 16,1%.

Sobre eventual venda da Copasa, a rejeição é um pouco menor, mas dentro da margem de erro: 45,9% dos mineiros são contrários à venda da empresa; 37,4% são favoráveis; 16,7 % não sabem ou não responderam.

Os resultados foram apresentados, nesta quarta (16), pelo presidente da AMM, 1º vice-presidente da CNM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, ao lado diretor-executivo da MDA, Marcelo Souza.

Dados são problema para Zema

A privatização dessas e de outras estatais integra o Plano de Recuperação Fiscal do governador Romeu Zema (Novo). A primeira empresa alvo da desestatização é a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), a poderosa estatal do nióbio. O pedido foi enviado à Assembleia Legislativa na quarta (9).

A da Copasa e da Cemig ficou para o ano que vem, já que, antes, o governo precisa ter apoio da Assembleia Legislativa para alterar travas na Constituição Mineira. O governo pretende derrubar o referendo popular exigido pelo texto constitucional.

A sondagem foi realizada entre os dias 23 e 27 de setembro de 2019. Foram ouvidas 1.500 pessoas, por telefone, em 227 municípios mineiros de todas as regiões do estado. A margem de erro é de 2,5%.

Esse primeiro estudo faz parte de uma série de pesquisas semestrais contratada pela AMM em uma ação de avaliação de temas do interesse dos gestores dos municípios mineiros.

Zema é melhor avaliado que seu governo 

A pesquisa apontou ainda a aprovação do governador Romeu Zema (Novo) por 54,5% dos pesquisados. Já outros 29,9% o desaprovam; 15,6% não sabem ou não responderam. Em relação ao governo mineiro, 36,5% dos entrevistados avaliaram o governo como ótimo/bom; 39,2% como regular; e 17,8% como ruim/péssimo. 6,5% não sabem ou não responderam.

Com relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro, houve equilíbrio entre aprovação (39,6%) e reprovação (33%). Outros 25,4% o consideram regular. 2,1% não sabem ou não responderam.

Já a popularidade de Bolsonaro divide opiniões. Enquanto 49,5% dos eleitores entrevistados aprovam; 42,7% desaprovam e 7,7% não sabem ou não responderam.

Presidente da AMM vê Zema como novidade

“O governo Zema está sendo uma novidade, e a aprovação não é difícil, porque pegar o Estado do jeito que pegou, qualquer equilibrada é bem avaliada. Eu vejo essa aprovação pela forma séria que este Governo tenta cumprir o que trata; praticar o que fala”, avaliou o presidente da AMM, Julvan Lacerda.

O diretor-executivo da MDA, Marcelo Souza, reforça que a pesquisa é fundamentada no acervo do Instituto, o que reforça a qualidade do conteúdo apresentado. “Esta pesquisa teve todo o controle por região de planejamento, porte dos municípios, questões socioeconômicas, para a gente conseguir uma amostragem que represente as diversidades que representam Minas Gerais e refletir de forma fiel o pensamento do povo mineiro”, disse Marcelo Souza.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

Likes:
0 0
Views:
2272
Categorias:
Política

All Comments

Subscribe
Notify of
guest
3 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Re Ribeiro

Empresa pública é cabide de emprego e devio de dinheiro, ninguém eh mais trouxa, privatiza tudo.

Abacaxi

Energia e água estão muito caros. É necessário concorrência para o fornecimento de serviços mais baratos e com qualidade. Chega de monopólio estatal.

Márcia Souza

Quem é a favor da privatização desconhece a política de subsídio cruzado, onde cidades rentáveis financiam cidades deficitárias. Em caso de privatização, qual empresa irá assumir o saneamento de cidades mais pobres, que não dão lucro? O município, pobre e falido, não terá como arcar com os custos, e a população mais carente sofrerá ainda mais. COPASA e CEMIG precisam sim, enxugar a gordura (grande parte com origem na troca de favores), mas a privatização dessas empresas será um tiro no pé.