Uma funerária do Grupo Zelo se precipitou e fez confusão com diagnósticos de causa mortis com sintomas do Covid-19. O susto dos funcionários gerou onda de boataria que levou a PM ao local para registrar ocorrência policial. Segundo o boletim, nº 2020-014516905-001, de domingo às 21h56, a funerária, localizada no bairro Nova Gameleira (Oeste de BH), teria recebido 73 corpos em 48 horas. Ainda no relato, consta que a maioria deles apresentava diagnóstico relacionado à epidemia do coronavírus.
A confusão foi provocada pelo desconhecimento dos funcionários com o novo protocolo em função da pandemia do coronavírus. Com as novas regras, desde a semana passada, todos os corpos/caixões saem do Instituto Médico Legal (IML) com a seguinte mensagem: “de acordo com os protocolos da Covid 19”. A orientação refere-se à assepsia, lacração e outros procedimentos. A mensagem assustou os funcionários da funerária.
De acordo com as novas orientações, os médicos legistas anotam “vigência da Pandemia Covid19”. A iniciativa é para justificar a desnecessidade de se realizar necrópsia completa em casos violentos onde não há crime que se apurar. Não se trata de morte por corona vírus, segundo informou o IML.
Polícia investigará denúncia anônima
Ainda assim, a Polícia Militar começou a investigar a denúncia anônima que a levou a registrar elevado número de corpos com esse diagnóstico. Após o registro policial, a PM enviou membros da P2, setor de inteligência, para apurar o ocorrido, além de encaminhar o caso à Polícia Civil. A informação atualizada é de que foram encontrados 21 corpos e não 73, além da confusão com o diagnóstico por conta do novo protocolo. Os militares desconfiaram da versão depois que constataram ser inverídica a informação de que um dos corpos teria sido enviado pelo Hospital da Polícia Militar.
A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte enviou ao local equipes do Centro de Vigilância Epidemiológica, que nada constatou. Belo Horizonte ainda não há casos de morte pelo Covid-19. A Prefeitura de Contagem também descartou a ocorrência.
Grupo Zelo diz que não atesta causa mortis
Em nota oficial, o Grupo Zelo contestou informações da ocorrência policial, afirmando que o número de corpos recebidos estava dentro da normalidade. Disse também que não recebeu comunicação de algum caso de Covid-19, por parte dos hospitais. E que não é responsável pela emissão de atestados de óbitos, “portanto, está impossibilitado de atestar a causa mortis dos atendimentos realizados”.
Informou ainda que seus profissionais estão preparados para os atendimentos segundo as normas de segurança. “E portando, os equipamentos de proteção individual. “Quando há o caso específico de risco biológico para doença infecto-contagiosa como a Covid-19, a recomendação das autoridades de vigilância sanitária é de não se fazer a tanatopraxia. Ou seja, o corpo deve ser levado ao laboratório, onde é colocado na urna. A mesma deve ser lacrada e enviada diretamente para sepultamento”.
Minas e 26 estados pedem socorro a Bolsonaro e avisam que não há tempo a perder
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Tem que investigar também a razão de tantos corpos irem só para essa funerária do Grupo Zelo.
pois é…no relatoria fala que o funcionario nunca tinha vista tantos corpos em curto espaço de tempo…e um parente meu faleceu a um ano atras e grupo zelo preparou….para eles aceitarem o meu parente tem de enviar um laudo medico da causa da morte, se não a funeraria não aceita.
Porque o gerente da funerária iria mentir no BO? O próprio gerente em depoimento afirmou que receberam numero elevado de corpos (contradizendo nota da funerária), ele tbm afirmou que as causas das mortes era suspeito, por serem parecidas com causa de óbito do CODVID 19. E porque a policia vai investigar se o Centro de Vigilância Epidemiológica não constatou nada?
Algo de errado não está certo…