Na manhã desta quinta (02/07), em palestra online, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) a sua nova pesquisa “Covid-19: impactos e desafios para o mercado imobiliário”. A entidade patronal, espécie de caixa de ressonância do segmento da construção, deverá revelar dados que, no entendimento de nichos na ponta do mercado, apontam para uma “bolha imobiliária”.
Na última dessas apresentações, em abril, a CBIC deu conhecimento de que 81% das construtoras prediais mantinham as atividades. Contudo, não programavam lançamentos. Mas, apenas 47% dos entrevistados potenciais compradores sustentavam intenção de compra.
Em abril, o fundador da plataforma de crédito imobiliário CrediHome, Bruno Gama, admitia dificuldades de liquidez nos imóveis, mesmo com preços em queda. Seu sentimento era de queda de nas vendas de imóveis prontos e usados entre 50% a 70% nos meses seguintes. Em diversas entrevistas, sustentou que o mercado imobiliário é “muito sensível à variação econômica”.
Havia, até d6 de janeiro, do Banco Central de crescimento da economia, em até 1,7% para 2020. E isso sustentava tendência de alto nos preços dos imóveis.
Bolha no Governo Dilma
Mas, com a instalação da recessão global, por causa da Covid-19, o BC faz seguidas revisões de queda. Começou em 2,2%, em fevereiro, chegando nos 6,4% (junho). Os organismos externos projetam 9%. E isso, agora, vai jogar no chão os preços dos imóveis. Esse é o fenômeno da “bolha imobiliária”.
Seria, portanto, a segunda “bolha” em intervalo de quatro anos. A última durou de 2014 a 2016 (Governos Dilma/Temer). Antes disso, contudo, os imóveis registraram altas, a partir do penúltimo ano do Governo Lula, superiores a 130%.
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