Crise econômica e chuvas, em tese, puxam inflação do tomate, em janeiro - Crédito: ALÉM DO FATO
A crise nesta recessão brasileira, nascida na reviravolta na economia global, causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), dá asas a muita especulação. Em Palhano, distrito rural (muuu!… tem boi mugindo na janela!) Brumadinho (MG), o supermercado vendia o tomate a R$ 11,29 kg , neste sábado (15/01). O município é uma imensa área rural, apesar de limítrofe com Belo Horizonte.
No verão, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/Ministério da Agricultura), os preços do tomate sofrem quedas em janeiro, “em função da intensificação da produção de verão”. Portanto, o calendário anual das chuvas não deve virar culpado pelos preços das hortaliças desfilarem de as bonitinhas das especulações nas gôndolas. A Conab, em relatório, de janeiro de 2021, por exemplo, fez o seguinte registro para pesquisas na CeasaMinas (Belo Horizonte): “…nos primeiros dias do mês (janeiro) o tomate estava sendo vendido a R$/Kg 4,50, e no dia 18/01 a R$/Kg 2,50”.
“Vale lembrar que com as altas temperaturas desta época o produtor não consegue adiar sua colheita para auferir melhores preços, pois a maturação do fruto é acelerada, elevando a oferta, o que muitas vezes pressiona ainda mais os preços para baixo” (Boletim Hortigranjeiro, Janeiro/21 – Conab).
Desta vez, porém, a especulação furou o teto da lógica de mercado pontuada pela Conab. Pressionam de forma exemplar os custos ao consumidor. E o tomate aterrissou com peso acima da dose: tendência de atingir o dobro do preço médio do litro da gasolina comum na região. Justificativas do varejo são as de sempre: chuvas com bloqueios de estradas. Neste janeiro, a bem verdade, os estragos são maiores nas estradas. Mas, a usura e oportunismos arrebentam os orçamentos domésticos. Quer estrago maior?
Mas, claro, não é só no preço do tomate, nas alturas, o reflexo da crise. Alguns casos, todavia, chamam mais atenção. A terceira montadora mundial da indústria aeronáutica, a brasileira Embraer S.A., experimenta isso.
No mesmo barco, claro, estão as duas do andar de cima: Boeing, dos Estados Unidos, e Airbus, da França.
Contudo, capitalizadas, ainda voam tranquilas neste turbilhão patrocinado pela Covid-19. Ou seja, até aqui, não passaram nos cobres ativos importantes, a exemplo da Embraer. O céu não é de brigadeiro para companhia, portanto, desde que a Boeing desistiu de parceria, em abril de 2020.
Na quarta (12/01), a companhia brasileira comunicou à B3 (Brasil. Bolsa. Balcão) que, por US$ 172 milhões, vendeu 100% das subsidiárias Embraer Portugal Estruturas Metálicas S.A. (“EEM”) e Embraer Portugal Estruturas em Compósitos S.A. (“EEC”). Ambas instaladas no parque aeronáutico de Évora. O comprador é a Aernnova Aerospace (Aeronva), da Espanha.
Os parques alienados pela Embraer fornecem aeroestruturas importante, como, por exemplo, asas e estabilizadores verticais e horizontais. Entram nas montagens de jatos executivos e comerciais, além do cargueiro KC-390 Millenium.
O novo dono, Aeronnova, surgiu há 26 anos como fornecedor de compósitos para turboélices. Cresceu e deu o salto para abastecedor de componentes de jatos comerciais de grande porte. Em seu portfólio, por exemplo, estão os A310 e A320, da Airbus.
As fábricas de Évora, todavia, seguirão fornecedoras da Embraer.
O comunicado à B3 da Embraer fixa este trimestre como prazo para conclusão da operação. Ou seja, até 31 de março. Leia AQUI a íntegra da nota.
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