Desafio: acreditar no 'sistema' do INSS e no Governo Lula - Além do Fato Desafio: acreditar no 'sistema' do INSS e no Governo Lula - Além do Fato

Desafio: acreditar no ‘sistema’ do INSS e no Governo Lula

  • por | publicado: 08/05/2025 - 18:09

Prazos dados pelo INSS às entidades sindicais da fraude tem viés político do Governo Lula - Crédito :Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O presidente do INSS, Gilberto Waller, nesta quinta (08/05), tentou posicionar a autarquia vítima das entidades sindicais, ONGs etc. na fraude contra os velhinhos aposentados e pensionistas. Mas, na verdade, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) é tão responsável quanto o Governo Lula 3

Waller foi meticulosamente instruído. Assim, não citou aliados do Partido dos Trabalhadores (PT) nem à base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).

O prazo de quinze dias, prorrogável por mais quinze, para as entidades envolvidas (25 apontados), quando for o caso, se manifestarem, é ridículo.

Essas entidades não agiram sozinhas na linha de frente na fraude, calculada em prováveis R$ 6,3 bilhões (2019-2024). Até celebraram contratos com a Previdência. E, portanto, se apoiaram no “sistema” do próprio INSS. No Governo.

Significa, que o Ministério da Previdência, o Governo Lula, sabe quem são os culpados. Em resumo, podem apresentá-los facilmente à Justiça.

Na outra ponta, o Governo tem competência tecnológica para gerar todos os mapas necessários. Entre eles, quais segurados autorizaram ou não os saques elaborados pelo “sistema” do INSS. E os valores per capita subtraídos e o quanto entrou no caixa de cada Sindicato, ONG etc. Ou seja, pode restituir os valores sem esforço.

Fraude não cessou

O processamento da folha da Previdência passa no “sistema” empresa estatal federal Dataprev – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência. Fundada em 1974, Dataprev foi vinculada pelo Governo Lula ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

E mesmo com todo o barulho envolvendo a fraude, até ontem (07/05) aposentados acusavam que não cessaram os descontos fraudulentos nas folhas fechadas pela Dataprev.

Entre seus clientes, no Serviço Público Federal, estão:

  • Previdência Social
  • Agência Espacial Brasileira (AEB)
  • Secretaria da Receita Federal do Brasil
  • Ministérios da Economia, Cidadania e Trabalho
  • Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN)
  • Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

Cuidado para não agravar o 2026 de Lula

Não precisa burocratizar. a devolução do dinheiro e outras providências correlatas ao escândalo.

Sobra à disposição do Governo Lula meios para uma solução relâmpago. A impopularidade nas alturas, todavia, proíbe o petista de descamar aliados. Ainda mais que não abandonou a meta de concorrer a mais um mandato, em 2026.

Além disso, falar em corrupção, desde a campanha de 2022, é algo proibido por Lula.

O Planalto até tentou uma meia boca, ao assumir primeiro a notícia desta fraude. Mas noticiou apenas aquilo que desejava. Tentou, por exemplo, salvar a pele do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT-RJ). O Planalto vazou fatos em fogo baixo, de forma dosada.

Em paralelo, porém, o Executivo exibiu esforço redobrado para deslocar holofotes das crises no andar de cima do Ministério.

Vai parar nessa fraude?

Resta aos aposentados e pensionistas, mais uma vez, constatar que sempre serão vítimas dos governos. As tramas são processadas nos diversos labirintos e malhas das redes digitalizadas (inteligentes) do Poder Central.

Essa corrupção da ordem do dia, continuada no Governo Lula, certamente não foi criada no Governo Jair Bolsonaro (PL-RJ). A coisa foi mega turbinada nas duas administrações.

No fundo é isso que revelaram a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal. Há vestígios de irregularidades em outras praias contra o INSS. Eles atravessam as gestões Michel Temer (MDB-SP) e Dilma Rousseff (PT-RS).

A questão é se a sujeira sob o tapete do INSS sobreviverá por conta das eleições de 2026.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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