Duas notícias deveriam colocar o bode na sala do Governo Lula com essa conversa de virar estaleiro de companhias aéreas brasileiras pré-falimentar. No caso, a Gol e a Azul. Juntas, essas empresas da aviação civil somam dívidas acima dos R$ 50 bilhões.
No final de 2024, a Gol tinha dívida líquida R$ 27,6 bilhões. A conta da dívida líquida da Azul, no 1S24, foi contabilizada em R$ 28,1 bilhões.
Para os investidores da Bolsa de Valores B3, em 31 de janeiro, o valor de mercado da Gol era de R$ 714,7 milhões (R$ 714.703.437,68). A Azul, um pouco mais: R$ 1,6 bilhão (R$1.601.430.154,19).
Antes, porém, de mover qualquer centavo pelas companhias de aviação ou empenhar valores em eventual fusão, o Governo olhar para vários fatores no mercado internacional. O ranking das melhores companhias aéreas do mundo, por exemplo, só a Air México representa a América Latina entre as 25 melhores. Korean Air lidera. A avaliação é do site AirlineRatings.com.
Boeing acende luz amarela
Outra notícia negativa é a de que a maior fabricante aviões, a Boeing Company, dos Estados Unidos, fará 400 demissões. Por enquanto, a Boeing agirá no setor Espacial, relacionado à Nasa. A decisão leva em conta incertezas com o Governo dos Estados Unidos para programa específico. Mas, os riscos das decisões radicais do presidente Donald Trump (Republicano) podem ser maiores.
Alguém de bom senso no Governo deveria, portanto, sugerir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) deixar o mercado resolver. A saída eventual de uma das empresas (ou as duas) não fará falta alguma. Levantem o histórico das acomodações das crises na aviação comercial no mundo e até no Brasil.
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