Fim da saga dos banqueiros Gilberto e Aloysio Faria - Além do Fato Fim da saga dos banqueiros Gilberto e Aloysio Faria - Além do Fato

Fim da saga dos banqueiros Gilberto e Aloysio Faria

  • por | publicado: 15/09/2020 - 20:54

Os irmãos Aloysio (esquerda) e Gilberto Faria dividiram o banco herdado do pai e criaram seus próprios bancos e grupos econômicos - Fotos: Redes Sociais

Eu concluía um post sobre transações com ativos e bancos de Minas Gerais. Citava o Banco Alfa. E veio, porém, a notícia da morte, em São Paulo, aos 99 anos, do médico e banqueiro mineiro Aloysio Faria.

O ex-banqueiro foi fundador e dono do grupo financeiro Alfa. O banco opera grandes negócios e atende clientes de contas milionárias. 

Aloysio, um dos bilionários brasileiros da atualidade, era irmão do também do banqueiro Gilberto Faria. Este faleceu aos 85 anos, em 2008. Porém, muito antes do Alfa, fundou e dirigiu o Banco Real. Este, posteriormente, vendido ao ABN Amro, que virou Santander.

Gilberto criou e controlou o Bandeirantes. Posteriormente, vendeu para Caixa Geral de Depósitos (Portugal). Depois, revendido ao Unibanco, antes da fusão com Itaú.

Fizeram fortunas individuais

Das divergências entre os irmãos, na década dos anos 1970, surgiram, então, em São Paulo, o Real e Bandeirantes. Promoveram, portanto, cisão Banco da Lavoura de Minas Gerais, herdado pai, Clemente Faria. O Lavoura, com sede em Belo Horizonte, foi fundado (1925) em sociedade. 

Portanto, construíram seus grupos econômicos independentes. Além dos bancos, tinham negócios em produção, agropecuária, serviços e radiofusão

Em 1953, Gilberto e Aloysio tinham assumido integralmente o Bandeirantes. Após a morte (1948) do pai, compraram a parte do então maior acionista individual, por iniciativa deste. 

A marca Bandeirantes, contudo, tem história anterior. Clemente havia comprado o Banco Bandeirantes do Comércio (fundado em 1944) do banqueiro Érico Abreu Sodré. “No início da década de 50, a instituição chegou a ser a maior instituição financeira privada da América Latina” – Folha 06/01/1998.

Relação forte com a FDC

Aloysio, médico pela Escola de Medicina da UFMG, notabilizou-se como apoiador em reformas, equipamentos de diversos hospitais em Minas Gerais. Suas principais obras foram para o Hospital das Clínicas da UFMG e a Santa Casa de Belo Horizonte.

Mas, figura também como patrono do Campus AlphaVille da Fundação Dom Cabral (FDC), em Nova Lima (MG).

Gilberto, formado em Direito pela UFMG e foi deputado federal. “… foi um dos homens mais poderosos de Minas nas décadas de 60 e 70”, descreveu O Tempo (13.10.2008). Ainda nos elos políticos, consta o casamento Inês Maria, filha do ex-governador Tancredo Neves e mãe do deputado Aécio Neves.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Irineu Trentin Junior

Eu trabalhei no real nos idos anos 80.

José Eduardo Botelho

Governador Zema é um exemplo de competência na administração pública. Com esse jeito humilde, sempre de trage esporte, até de manga de camisa e calça dins, vai tocando a administração pública em Minas Gerais. Tornou-se um Icone Nacional pela honrradez e por ser discreto, com distinção à humildade e verdade administra muito bem. Parabéns gde mineiro. Abençoado..! Se todos homens públicos tivesse 10 por cento desse perfil Brasil teria novos rumos. Pimentel n fez nada e só andava de avião diariamente pra baixo e pra cima queimando a grana pública.

Fer

É um hipócrita ! E está ao lado de um covarde incompetente corrupto miliciano ? Quem tem apoio de traste, traste é !