Flávio Roscoe indiferente à velha política de Brasília - Além do Fato Flávio Roscoe indiferente à velha política de Brasília - Além do Fato

Flávio Roscoe indiferente à velha política de Brasília

  • por | publicado: 18/07/2019 - 09:45 | atualizado: 24/08/2019 - 17:43
Presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. Foto - Além do Fato

Presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, avalia como, positivas as relações entre o Executivo e o Congresso. Foto - Acervo Além do Fato

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, vê avanços nas relações entre o Congresso e Executivo, mesmo com peso da velha política. Nas entrelinhas do raciocínio lógico, o aplauso expressa mais um esforço de dirigente empresarial, que a convicção de líder. Em entrevista, na quarta-feira (17), avaliou ele como “positivas” as relações entre o Planalto e o Congresso, embora este ainda pratique corporativismos. Roscoe, portanto, vê avanços, mesmo com o presidente Jair Bolsonaro tendo se curvado à velha política, que, até seis atrás, prometia banir.

Avanços com custos da velha política

Não é difícil concordar com o presidente da Fiemg que, neste estágio, a Reforma da Previdência virou a mãe de todas as demais. Difícil, porém, é pontuar algo de “positivo”, com enorme ônus adicional nas relações do Congresso com Bolsonaro. O dirigente mineiro vê o atual governo como “mais liberal que os anteriores”. Sua aprovação é embalada na margem dos 379 votos pró-Reforma da Previdência, na Câmara. Foi bem acima do mínimo de 308. Os contra somaram 131 contra. Porém, com um político “liberal” o principal dos males da vida brasileiras não teria sobrevivido: Executivo pagar com emendas parlamentares (aumento nas despesas) as aprovações no Legislativo. “Apesar das divergências entre Congresso e Executivo, se aprova para o Brasil”, festejou.

Flávio Roscoe adverte: capital quer segurança

Como separar o velho do novo? O poder de incubação do empresariado nesse quesito parece estático no ambiente político. Tanto que Roscoe não demonstrou pretensões em assumir um papel de protagonista no universo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O discurso recorrente, de que “o Brasil entrou no eixo, na rota, dos investimentos”, lhe pareceu mais adequado, que inovar.

Aí, novamente, o dirigente, e não o líder, entrega com uma das mãos e retira com a outra. O Governo de Minas teria estacionados “600 protocolos de intenções (de investimentos)”. Porém, não saem do papel por insegurança de quem detém o capital. “Como investir hoje, se não souber o que vai acontecer em 2021?”. Mais um questionamento antigo.

*Modificado em 24/08/2019 | às 17h45

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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