Hospital Albert Sabin retorna à fila das transações

  • por | publicado: 19/04/2022 - 11:27 | atualizado: 20/04/2022 - 08:33

Sócios do Albert Sabin convocados para definição de "eventual negociação" - Foto: HAS/Divulgação

Os sócios do Hospital Albert Sabin Ltda, de Juiz de Fora (MG), abrem nova rodada de negociação de ativos. No ano passado, o HAS levou ao balcão das transferências hospitalares quotas de um braço operativo compartilhado, o Centro de Investigação Diagnóstica Cardiovascular Digital de Juiz de Fora Ltda, o Sabincor.

Agora, mas sem a definição pública de quais ativos são negociados, o diretor-presidente do HAS, Célio Carneiro Chagas, convocou AGE para o dia 30/04. Entretanto, dois tópicos da ordem do dia merecem destaques. Um deles, propõe aprovação da 19ª alteração contratual conta de mudanças o quadro dos cotistas, incluindo “transferências”. No outro, mais relevante, o propósito maior da AGE: “III – Informar sobre processo de avaliação e contratação de empresa especializada em M&A, para fins de eventual negociação”.

O HAS, fundado em 1982, via empresa de participações, a Sabin Holding Ltda, é ligado a outras cinco empresas. Em outubro de 2021, o capital social consolidado do complexo era de R$ 10,7 milhões.

MATÉRIA RELACIONADA:

Venda do Sabincor respinga em dois hospitais de Juiz de Fora

Situação crítica do SUS com hospital de Barbacena

Em Barbacena, região do Campos das Vertentes, a meio caminho entre Belo Horizonte e Juiz Fora, permanece impasse no convênio do Hospital Ibiapaba com o Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, afeta o atendimento na saúde pública.

Arrendado ao Centro Barbacenense de Assistência Médica e Social (Cebams), o hospital é referência em alta complexidade (credenciado em cardiologia desde 2005) na macrorregião. Atende à rede privada, sistema publico e saúde suplementar particular.

Fornecedores refutam redução do Ministério na tabela de preços

O Ministério da Saúde, via portaria, em 2021, reduziu valores na tabela de repasses pelo SUS: procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais. Isso, portanto, adicionou mais peso às queixas dos administradores do hospital. Isso, então, agravaria a gestão financeira.

O Cebams comunicou, portanto, em fins do ano passado, a interrupção no atendimento pelo SUS, a partir de janeiro. Apontou o desequilíbrio econômico do convênio como causa. E justificou: fornecedores de insumos hospitalares informaram que não abasteceriam dentro da nova tabela do Ministério.

O Ibiapaba é referência do SUS em 51 municípios da região – mais de 750 mil habitantes. Em atividade desde 1967, realiza cirurgias e transplantes.

Prefeitura anuncia repasses extras

Com intervenção da Prefeitura e Barbacena, houve uma decisão inicial do hospital pela prorrogação do serviço até o final de fevereiro. Ganhava fôlego, portanto, para encontrar solução junto ao Governo.

Além disso, no dia 11/04, a Prefeitura postou em seu portal que fará repasses (“pagamento extrateto”) de R$ 2,9 milhões ao Ibiapaba, como garantia, portanto, da “manutenção dos serviços”. O hospital teria recebido, até então, uma parte – R$ 523 mil. Mas, como no resto país, permanece o impasse com fornecedores e a tabela de repasses.

Cebams é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos. Assumiu o arrendamento administrativo do Ibiapaba em 2007.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments