A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negou recurso à Itapemirim Transportes Aéreos Ltda (ITA). Companhia tentava retomar o Certificado de Operadora Aérea (COA). A rejeição, relatada pelo diretor Luiz Ricardo Nascimento, teve voto unânime da Diretoria Colegiada.
A ITA, ligada ao Grupo Itapemirim, interrompeu as operações em dezembro. Em abril, correu o processo de cassação do seu COA. Entretanto, durante o processo, a companhia não teria apresentado defesa. De acordo com o relator, apenas requereu dilatação do prazo para recorrer.
Entre itens apontados para a justificar a “incapacidade operacional” da ITA, o diretor Luiz Nascimento lembrou que ela não possui mais aeronaves. No começo do mês passado, a ANAC cassou o COA da companhia.
No voto, portanto, o relator pediu a “interrupção em definitivo das operações da recorrente”.
Veja AQUI como foi a 10ª Reunião Deliberativa da Diretoria Colegiada da ANAC que sepultou, em definitivo, a ITA como companhia de aviação.
Desvios de recursos judiciais da Itapemirim
As principais empresas do Grupo Itapemirim estão em recuperação judicial (PRJ) desde 2016. Na época, tinham rombo consolidado superior a R$ 2,2 bilhões.
A ITA foi constituída em 2021. Portanto, voou por apenas seis meses.
Durante a curta temporada, decolava, entretanto, sob manto de acusações na Justiça. Muitas relacionadas à improbidade pelo então administrador e principal acionista, empresário bolsonarista Sidnei Piva de Jesus. Ele foi acusado, por exemplo, de praticar desvios em recursos financeiros comprometidos pelo Grupo Itapemirim no PRJ. Portanto, esse teria sido o caixa da fundação a companhia aérea.
Reveja nos links:
Credores põem Piva de ‘rainha da Inglaterra’ na Itapemirim
Grupo Itapemirim voava uma canoa furada; ITA sai da pista
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