Itaúsa muito rica; Prefeitura de BH pobre - Além do Fato Itaúsa muito rica; Prefeitura de BH pobre - Além do Fato

Itaúsa muito rica; Prefeitura de BH pobre

  • por | publicado: 22/11/2022 - 10:02 | atualizado: 25/11/2022 - 13:08

Os cinco maiores bancos do país concentram 81% das operações do créditos - Crédito: Reprodução/Sindicatos Bancários/Redes Sociais

A Prefeitura de Belo Horizonte projetou orçamento de R$ 17,141 bilhões para 2023. É o valor no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) encaminhado à Câmara de Vereadores. O Executivo da capital mineira prevê crescimento de R$ 1,7 bilhão na arrecadação em comparação com 2022.

O orçamento municipal da capital de Minas Gerais, entretanto, é uma merreca se confrontado com o novo capital social da holding financeira do Itaú Unibanco, a Itaúsa S.A., de R$ 63,5 bilhões. Caberia, por exemplo, 3,7 vezes dentro dos cofres daquela instituição financeira. Isso prova, portanto, que a indústria dos juros e taxas dos serviços bancários é excelente negócio no Brasil.

Num campo nacional mais amplo, os bilhões da Itaúsa superariam, em 2017 (divulgado em 2019), o Produto Interno Bruto (PIB) de 07 entre os 20 municípios mais ricos do Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Ficaria, portanto, à frente dos PIBs (a preços correntes) de

Goiânia (R$ 52,914 bilhões), Barueri (R$ 52,820 bi), São Bernardo do Campo (R$ 51,066 bi), Jundiaí (R$ 49,952 bi), Duque de Caxias (R$ 45,332 bi), São José dos Campos (R$ 43,457 bi) e Paulinea (R$ 37,374 bilhões).

À frente do capital social da Itausa ficariam doze cidades:

  • São Paulo (R$ 763,805 bilhões);
  • Rio de Janeiro (R$ 354,981 bi);
  • Brasília (R$ 273,613 bi);
  • Belo Horizonte (R$ 97,205 bi);
  • Curitiba (R$ 96,088 bi);
  • Manaus (R$ 84,867 bi);
  • Porto Alegre (R$ 82,431 bi);
  • Osasco (R$ 81,923 bi);
  • Fortaleza (R$ 67,412 bi);
  • Campinas (R$ 65,874 bi);
  • Guarulhos (R$ 65,165 bi); e,
  • Salvador (R$ 63,804 bi).

No entanto, a holding superaria os PIBs (2019/IBGE) individuais de Alagoas (R$ 58,964 bilhões), Piauí (R$ 52,781 bi), Rondônia (R$ 47,091 bi), Sergipe (R$ 44,689 bi), Tocantins (R$ 39,356 bi), Amapá (R$ 17,497 bi), Acre (R$ 15,630 bi) e Roraima (R$ 14,292 bi).

Itaúsa deu bonificação de R$ 12 bi aos acionistas

O Conselho de Administração da Itaúsa, na reunião de 07/11, estabeleceu o aumento de R$ 12,040 bilhões (subscrito e integralizado). A capitalização foi com saque nas reservas. A sociedade lançou mão, portanto, de valores em três contas de reservas: de aumento de capital em controladas, equalização de dividendos e reforço de capital de giro. O comunicado à B3 – Brasil. Bolsa. Balcão, porém, foi revisado para o “acerto das reservas” e reapresentado em 21/11.

Para consolidar a contabilidade, a Itaúsa aplicou bonificação de 10% em ações do capital. Portanto, executou a emissão de 303.083.736 ordinárias (ONs) e 578.862.602 preferenciais (PNs). O Conselho fixou o bônus na razão de 1 para cada 10 ações detidas pelo acionista em 10/11.

Nos 9M22, o lucro líquido acumulado da Itaúsa foi de R$ 10,35 bilhões. A conta dos ativos era de R$ 116,5 bilhões.

Concentração do mercado financeiro

O Itaú Unibanco é o maior do país e da América do Sul, à frente, então, do Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander Brasil.

No 3T22, esse pool fechou balanços com lucro líquido totalizado de R$ 26,2 bilhões. A perfomance representou, então, salto de 36% nos doze meses encerrados em 30 de setembro.

A participação deles no total dos créditos bancários no país (R$ 4,02 trilhões – Fonte: Relatório de Economia Bancária, Banco Central – 06/10), em 2021, foi de 81,4%. Na conta dos depósitos, de 77,4% dos depósitos. As grandes contas corporativas, portanto, estão com eles também.

O setor bancário fechou o exercício fiscal de 2021 com lucro total de R$ 132 bilhões. Esse resultado foi, portanto, 48,31% superior a 2020 e recorde, desde 1994.

Pool dos cinco abocanhou 78% dos lucros de 2021

Mas, do bolo dos lucros de 2021, Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander comeram R$ 103,5 bilhões. Ou seja, 78%.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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