A cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, sempre foi estreitamente ligada ao cotidiano político, econômico e social do Rio de Janeiro. Leva bem uma vida carioca.
Isso vem dos tempos do Império. O município, por exemplo, teve a primeira rodoviária pavimentada do país, a União Indústria, ligando com a imperial Petrópolis. A construção começou em 1856, por determinação de D. Pedro II. Inaugurada pelo monarca, em 23 de junho de 1861 (Fonte: Ministério dos Transportes).
Na fase da industrialização, seguiu o mesmo ritmo. Em 5 de setembro de 1889, dois meses antes da Proclamação da República, por exemplo, o empresário Bernardo Mascarenhas inaugurou a Usina de Marmelos. Pelos registros históricos, surgia a primeira Usina Hidrelétrica de porte da América do Sul.
Marmelos foi a base do boom econômico da cidade, mais tarde apelidada de Manchester Brasileira.
A proximidade com a então capital federal do Brasil, manteve os juiz-foranos mais ligados ao Rio que de Belo Horizonte, a capital mineira. Na vida social e manifestações populares também, do Carnaval à torcida por times de futebol. Permaneceram, portanto, mais habituados ao Rio (219 km – ANTT) que a Belo Horizonte (260 km – ANTT), a capital mineira.
Nova linha para o Rio
Pois bem. As facilidades de ligação por rodovias conservaram o espírito carioca na população de Juiz Fora. A Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT/MT) deu mais uma mãozinha. Nesta terça (15/04), a Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário de Passageiros (SUPAS) publicou a autorização SUPAS Nº 472. Ela permite à empresa União Transporte Interestadual de Luxo (Util – Grupo Guanabara) operar linhas ligando Rio-Juiz de Fora.
Em Poços de Caldas, no Sul de Minas, uma vida mais paulista.
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