Ao lançar, dia 29/10, a pedra fundamental do terminal rodoferroviário em Iturama, no Triângulo Mineiro, o governador Romeu Zema retomou o tema da criação de ferrovias em Minas. Dias antes, em Belo Horizonte, o governo mineiro anunciara parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) para elaboração de estudos. A atual administração pretende, portanto, ter, ao menos, estudo de uma ferrovia para oferecer a investidores.
Todavia, nada se fala, por exemplo, de projetos antigos entregues à administração do Estado. Alguns da própria iniciativa privada. Entre estes, por exemplo, um da Vale S.A., conhecido desde junho de 2005, pelo menos.
O traçado proposto pela Vale, que envolvia a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), sua controlada, ligava Ibiá, no Alto Paranaíba, a Sete Lagoas. O investimento, portanto, para a variante Serra do Tigre era de US$ 475 milhões. O projeto era para 450 km de malha, ou seja, praticamente traçado em linha reta.
Zema põe em pauta corredores ferroviários para transporte de cargas e no segmento do turismo. Mas, de acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, também para “trens regionais”. Isso pode significar, então, ligação com outros estados.
Todavia, a Secretaria informou ao ALÉM DO FATO, nesta quinta (05/11), que o Plano Estratégico Ferroviário (PEF) “não foi concluído”. Acrescenta que “a requalificação da Serra do Tigre é uma das propostas que serão analisadas“.
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