Montadoras negociam paralisação da produção

  • por | publicado: 19/03/2020 - 23:15 | atualizado: 20/03/2020 - 13:46

Montadoras de automóveis, de acordo com nota da Anfavea, negociam com sindicatos paralisação da produção - Foto: Volkswagen/Divulgação

No final da tarde desta quinta (19/03), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em nota, comunicou que as montadoras de automóveis, caminhões e ônibus devem parar a produção. As empresas negociam com os sindicatos dos trabalhadores. Motivo é muito bem conhecido: crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e desabastecimento de componentes nas linhas.

Mas, ao contrário das férias coletivas, em média por 20 dias, anunciadas por algumas montadoras, a Anfavea trata de interrupção. Esta, contudo, poderá ser por tempo indeterminado. A associação não fez referência, porém, algumas empresas preveem desabastecimentos principalmente de itens vindos da China, foco da infecção Codiv-19.

“Com foco na segurança e na saúde dos familiares e funcionários das montadoras associadas à Anfavea, informamos que, em função do agravamento da crise gerada pelo COVID-19, todas as nossas empresas estão analisando e se preparando para tomar ações de paralisação das suas fábricas no Brasil, e discutindo caso a caso com seus respectivos sindicatos”, diz a nota da entidade.

Montadoras de ônibus dão férias

Mas muito antes do comunicado da Anfavea, as montadoras de ônibus Marcopolo e Mercedes-Benz tinham anunciado férias coletivas. Depois, foi a vez da Volvo, de Curitiba (PR). A montadora paranaense colocará 3,7 mil funcionários em casa no dia 30.

Na área de automóveis, a General Motors, Volkswagen, Caoa Chery e Ford também programaram recessos coletivos. Os períodos são variados, começando em 23 deste mês.

Todavia, agora, prevalece a expectativa das negociações com os sindicatos, conforme comunicado da Anfavea. A associação marcou reunião para o dia 6 de abril, para tratar da produção e o cenário.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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