Mosaic doa kits de olho no pior da pandemia Covid-19 - Além do Fato Mosaic doa kits de olho no pior da pandemia Covid-19 - Além do Fato

Mosaic doa kits de olho no pior da pandemia Covid-19

  • por | publicado: 04/04/2020 - 18:31

Mosaic Fertilizantes investirá R$ 4,5 milhões na campanha para doação de equipamentos para profissionais de saúde no combate ao Covid-19. Planta de Araxá (MG) - Foto: Comunicação Mosaic/Divulgação

Mosaic Fertilizantes do Brasil Ltda, controlada da multinacional Mosaic, investirá R$ 4,5 milhões na campanha de contenção do novo coronavírus (Covid-19). A empresa vai adquirir kits com equipamentos para proteção de profissionais de saúde e testes do vírus. Mas, incluirá também material de limpeza e higienização – álcool em gel, sabonetes e desinfetantes. Os bens serão entregues às prefeituras onde atua.

A empresa opera plantas em Minas, sendo a principal a de Araxá (MG). A matriz fica em Minnesota (EUA) e o grupo é um dos maiores produtores mundiais de fosfatados e potássio combinado.

O vice-presidente de Assuntos Corporativos, Sustentabilidade e Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Mosaic, Arthur Liacre, em entrevista reproduzida quinta (02/04) pelo site Araxá Agora, disse que a empresa fez “análise minuciosa” para as necessidades de cada município. Ponderou, contudo, que a empresa estuda sobre “aquilo que poderá tornar-se imprescindível daqui a algumas semanas, no caso do cenário permanecer o mesmo”.

Portanto, assinala o executivo, “acreditamos que a estratégia adotada realmente faça a diferença para milhares de pessoas de diversas cidades localizadas em nove estados (onde está a empresa)”. Liacre é também presidente do Conselho do Instituto Mosaic.

Mosaic assumiu Vale Fertilizantes

A Mosaic é resultados da combinação dos negócios da Cargill, Inc, (Cargil Felizantes, 1960) com a IMC Global Inc. (criada em 1909). Em 2014, encampou unidades de fertilizantes da ADM (Archer Daniels Midland), no Brasil e no Paraguai. Todavia, uma das principais transações veio quatro anos: compra da Vale Fertilizantes. Assim, o Brasil foi muito importante para o grupo assumir posição entre as maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados.

No Brasil, o Grupo Mosaic tem atividades de produção, importação, comercialização e distribuição de fertilizantes. Mas do seu mix operacional constam, ainda, produtos para nutrição animal e comercialização produtos industriais. Os negócios no país incluem seis minas de fosfato (uma em Araxá) e uma de potássio.

As operações no Brasil estão em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e toda Região Sul. Mas há, contudo, enorme concentração em Minas (Araxá, Tapira, Uberaba, Patrocínio, Alfenas e Patos de Minas). Na carteira brasileira, a multinacional diz ter mais de 5.500 clientes.

Fospar investe R$ 93 milhões

No Porto de Paranaguá (PR), a Fospar S.A, controlada da Mosaic, produz 500 milt/ano de superfosfato simples. Naquele terminal, a empresa realiza importações, principalmente de fertilizantes a granel – capacidade de descargas para 2,4 milhões de toneladas anuais. Em 2019, o terminal recebeu investimentos de R$ 93,441 milhões.

A companhia estimou o consumo do mercado brasileiro de fertilizantes em até 36,5 milhões de toneladas. A Fospar apurou, no ano passado, receita liquida de R$ 178,8 milhões e lucro líquido de R$ 28,8 milhões. Apesar dos investimentos operacionais, os resultados tiveram pouca variação sobre 2018: R$ 175,9 milhões e R$ 29,4 milhões, respectivamente.

Produção de 27,2 milhões t/ano

O grupo opera plantas integradas e semi-integradas na Austrália, Brasil, Canadá, China, EUA, Índia e Paraguai. E também joint ventures no Peru e Arábia Saudita.

Na América do Norte, controla quatro minas de fosfato e quatro de potássio. Na América do Sul, além do Brasil, a Mosaic participa com 75% na mina de fosfato Miski Mayo, no Peru.

Anualmente, a empresa entrega 27,2 milhões de toneladas de fertilizantes em 40 países. Em sua página web, informa empregar 13 mil pessoas, das quais 6 mil no Brasil, ou seja, quase 50%.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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