Imagem ilustrativa da sede do Quartel-General do Comando do Exército, em Brasília - Crédito: YouTube
O inferno astral do Comando do Exército, por ter prestado continências cegas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixou fantasmas barulhentos nos quartéis. O pior, porém, é o ambiente de ter de engolir seco revelações diárias de atuação direta de oficiais superiores por descaminhos. Um deles, inclusive, está preso desde maio.
O Exército, uma instituição de Estado, não encontra gancho, portanto, para tentar ensaiar explicações nesse mar de trapalhadas acobertadas no Governo Bolsonaro. Mas, também, não há nem como pensar nisso. A situação praticamente remete a casos da corrupção política, dentro do Legislativo (Congresso) e do Executivo (Planalto), de tempos não distantes. Ou seja, o retorno daquilo que os generais diziam ser inaceitável.
Nesse turbilhão, portanto, na terça (15/08), o Gabinete do Comando do Exército, via Divisão Administrativa, optou por cancelar o Edital 10/2023, no molde Pregão Eletrônico, de pesquisa de “opinião quantitativa”. Essa licitação foi aberta no dia 08 deste mês.
No “objeto” do edital constou: “Contratação de serviços especializados em planejamento e execução de pesquisas de opinião quantitativa com a técnica de entrevistas face a face para atender as necessidades do Centro de Comunicação Social do Exército, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas no Edital e seus anexos” (sic).
Na quarta (16/08), portanto, sem explicações, o Comando do Exército veiculou “Aviso de revogação” para aquele edital.
Enquanto isso, na área do Comando da Amazônia, o Exército mantém licitação cujo objeto provoca a triste memória da “Casa da Morte“, em Petrópolis (RJ). O imóvel era usado na ditadura militar (1964-1985) como prisão, centro de tortura e sumiço de adversários daquele regime de opressão dos generais. Em Manaus, a armada trata da reforma da ‘casa de matar‘. Leia no Edital ao lado.
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