Economia

Petrobras esnobou exemplo da Vale

A semana passada não foi das melhores para Petrobras, Governo Lula e políticos de partidos aliados do PT no Congresso Nacional. Epicentro do turbilhão: eterna cultura no país de o poder econômico e grandes corporações peitarem as tentativas de mudanças de rota. A prática é comum até mesmo entre corporações que entregam à opinião pública bons exemplos, notadamente ambientais.

Foi assim que a Petrobras se comportou em relação às atividades na foz do Rio Amazonas, no Amapá. Mudou Governo, portanto, muda alguma forma de agir em certas áreas (ainda muito pouco). Não importa mais se naquela bacia, até então, a conta seja de 100 poços perfurados.

Ao pecar na aposta de que a verticalização de alianças políticas, da cúpula da Diretoria Executiva da companhia ao cantinho do presidente Lula, na cozinha do Planalto, impõe uma única forma de agir e pensar, a Petrobras micou entre investidores e periferias.

O novo estrago da Petrobras à própria imagem, com mais esse descaso às leis e regras ambientais foi maior, pois, marcou abertura da quinzena véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho.

Petrobras deu munição aos ambientalistas na Amazônia

O veto do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, à Petrobras criou, então, o primeiro imbróglio interministerial de peso no Governo Lula (PT). A estatal, em tese, da área o Ministério das Minas e Energia, serviu, portanto, como excelente bucha de canhão para os ditos ambientalistas. Dentro e fora do Governo.

Tanto o Ibama quanto o Ministério de Meio Ambiente tentam se refazer das cinzas causadas pelos quatro anos do Governo Bolsonaro (PL). Os dois órgãos, de forma estúpida, foram dia e noite agredidos, torpedeados e dilapidados por atos de praticamente todos os ministérios de Bolsonaro. Mas, principalmente Agricultura, Minas e Energia e Defesa (militares) “O Ibama não trabalha sob pressão”, reagiu o novo presidente da autarquia, Rodrigo Agostinho, às críticas de políticos e setores econômicos.

MATÉRIAS RELACIONADAS

Vale optou esperar legalidade com indígenas da Amazônia

Petrobras, portanto, esfregou arranhões em diversas áreas. Além disso, espalhou fumaça com cheiro de pólvora no gabinete ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (Rede) e para Lula dentro do Congresso.

Num primeiro ato, o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, anunciou desfiliação da Rede. Assim, numa só tacada, duplo estrago: partido perde o único senador e a liderança do Governo Lula.

Mas, para evitar tamanha bagunça, bastava a petroleira ter seguido a Vale S.A. Há três ano, a mineradora renunciou iniciar novas pesquisas com alvarás concedidos em terras indígenas na Amazônia.

Atitude da Vale veio em abril de 2020. Permanecerá assim, portanto, até que o país crie e implemente leis claras sobre os direitos dos povos indígenas e nativos e ribeirinhos.

Nairo Alméri

Posts Relacionados

Gol da insensibilidade no país no futebol

Os clubes do Rio Grande do Sul estão desobrigados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF)…

6 horas atrás

Governo Lula não tem inteligência para tragédias

O país padece da falta de decisão com inteligência no Governo Lula diante desta catástrofe…

1 dia atrás

Coronel da PM: ‘Zema se esforça para pôr a tropa em greve’

O desabafo acima foi feito por um militar de alta patente da corporação, avaliando que…

1 dia atrás

Lula! Cadê o plano consistente de “reconstrução” do RS?

Penduricalhos sanguessugas do Orçamento, criados dentro do Senado e Câmara, e fisiologismos do Planalto drenarão…

2 dias atrás

Abu Dhabi desiste do controle da Braskem

A petroleira Adnoc, estatal de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), desistiu de assumir…

4 dias atrás

Reposição salarial de Zema é a metade do Legislativo e Judiciário

O governador Romeu Zema (Novo) gerencia o estado como se o estado estivesse sob o…

1 semana atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!