A South African Airways State Owned Company Soc Limited (SAA) pode retomar voos regulares de passageiros e cargas na rota com o Brasil. Essa autorização vale desde terça (26/09). A ligação foi interrompida em fevereiro de 2020, por conta de situação pré-falimentar da estatal sul-africana de todos seus negócios. Mas, agora, respira aliviada graças ao processo de privatização.
O sinal verde do Brasil, portanto, entra do pacote dos recentes entendimentos com a África do Sul. Foram negociações com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à sombra da última cúpula do Brics, mês passado, em Joanesburgo.
Os problemas da SAA se arrastam desde 2007. Diante de insustentabilidade financeira, entrou recuperação judicial – proteção contra pedido de falência. O processo incluiu interrupção de voos. Mas, graças aos pesados aportes do Governo, a recuperação, iniciada dezembro de 2019, foi encerrada no início de 2021.
Em mesma época, porém, a aviação internacional voava em crises, por conta da pandemia da Covid-19.
O Tesouro Nacional da África do Sul assegurou ao Parlamento, no começo deste ano, que a estatal aérea não é mais “tecnicamente insolvente”. Ou seja, a contabilidade do ativo superava a do passivo. A sede da SAA é no Airways Park, dentro do Aeroporto Internacional de Oliver Tambo, em Kempton Park, distrito de Gauteng, na capital federal.
O Departamento de Empresas Públicas (DPE, na sigla em inglês – Ministério de Empresas Públicas) assegurou, por sua vez, que a SAA apresentou lucros no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2022. Essa performance da principal companhia aérea do país, foi tanto no balanço individual quanto no consolidado (do grupo).
O DPE negociou, em novembro de 2021, a transferência do controle da SAA ao consórcio Takatso, eleito por investidores. O acordo SAA-Takatso prevê a transferência de 51% das ações do capital. A fusão será Takatso Aviation-SAA.
Na forma preliminar, teve “aprovação condicional” da Comissão de Concorrência sul-africana. A operação, conforme noticiado, em julho de 2022, envolveria aporte de US$ 315 milhões, divididos pelo Governo e Takatso. O consórcio agrega a Harith General Partners, maior investidor (fundos privados) africano em infraestrutura e aeroportos, e, a Global Aviation, companhia de leasing aéreo.
A análise da fusão, entretanto, terá de passar pelo Tribunal de Concorrência. Na prática, a Comissão e o Tribunal correspondem ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Tribunal de Contas da União (TCU) brasileiros.
O DPE, em nota de “Esclarecendo o Acordo SAA-Takatso”, de abril último, informou que, de imediato à saída (2021) da recuperação, o consórcio interessado contratou duas consultorias para avaliar os ativos da estatal. O valor do negócio, completou, será com base em avaliação anterior. No Governo, a previsão era finalizar o acordo em “quatro meses”.
“O enorme e pesado gigante foi substituído por uma companhia aérea menor que se expande com cautela”, escreveu, em artigo publicado, o diretor Financeiro interino da SAA, Fikile Mhlontlo. O executivo avaliou, por exemplo, que a reestruturação do grupo aceita pelos credores. Leia AQUI.
A Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), baixou em 21/09, a Portaria 12.567 que favorece a SAA. Trecho do expediente da autarquia, do Ministério de Portos e Aeroportos, diz: “… (autorizada) a operar serviço de transporte aéreo internacional regular de passageiro e carga com origem e/ou destino no Brasil (…)”.
A SAA prepara desde junho a retomada das rotas para São Paulo. A previsão, portanto, é reiniciar em 31 de outubro. Conforme o anúncio, em conta Twitter, recomeçará com partidas semanais Cidade do Cabo-São Paulo. Em seguida, a partir de 6 de novembro, Joanesburgo-São Paulo.
Os voos para o aeroporto de Guarulhos serão, portanto, os primeiros de longa distância da companhia desde seu retorno à operação, em setembro de 2021.
De acordo com a Anac, a SAA opera 53 aeronaves. Ela será, então, a 62ª entre companhias estrangeiras (38 países) autorizadas a operar voos de passageiros no Brasil.
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