United Airlines pode demitir 16 mil a partir de 1º de outubro - Além do Fato United Airlines pode demitir 16 mil a partir de 1º de outubro - Além do Fato

United Airlines pode demitir 16 mil a partir de 1º de outubro

  • por | publicado: 21/09/2020 - 21:00 | atualizado: 24/08/2022 - 15:00

United Airlines ameaça com demissões, caso Governo Trump não prorrogue subsídios aos salários. Foto: Divulgação/Redes Sociais

A United Airlines pressiona o Governo Trump a prorrogar por mais seis meses o Programa de Suporte à Folha de Pagamento (PSP). O PSP subsidia salários no setor de aviação de passageiros como medida para enfrentar a Covid-19. Sem isso, advertiu, poderá demitir 16.000 dos seus 87.000 funcionários. Mesmo com benefício, a recuperação da aviação não viria “antes que uma vacina esteja amplamente disponível ao público”.

Em comunicado de sexta (18/09), aos funcionários, a diretoria da United comenta que, “infelizmente, a crise da Covid-19 foi mais longa do que qualquer um de nós esperava”. O documento, contudo, reprisa nota divulgada pela agência AFP em 02/09, na qual tratou a demissão de forma direta. “Uma prolongação (do PSP) seria a única coisa que poderia evitar as demissões em primeiro de outubro“.

O PSP é parte das medidas aprovadas pelo Congresso, em março, na Lei CARES, de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Todavia, esse benefício expira dia 30. As dispensas, portanto, começariam em 1º de outubro.

Necessário para recuperação

A Securities and Exchange Commission (SEC – correspondente à Comissão de Valores Mobiliários, a CVM) também recebeu o comunicado da última sexta

“Sem o financiamento adicional para os subsídios do PSP, até 16.000 membros da família United correm o risco de licenças involuntárias a partir de 1º de outubro. A continuação deste programa emergencial evitaria as licenças, e forneceria tempo adicional para a indústria alcançar a recuperação sem perder nossos colegas para licenças involuntárias”, afirma a companhia.

Só com vacina melhora

A United reconhece que o PSP “foi muito bem-vindo, apoiando diretamente os funcionários das companhias aéreas”. Destaca que, portanto, “evitou que as companhias tivessem de dispensar involuntariamente funcionários ao nível mais baixo possível”.

“Em março, todos esperávamos uma rápida recuperação do impacto econômico do vírus. Mas, como aprendemos, é improvável que a indústria da aviação veja um retorno significativo de passageiros até que uma vacina esteja amplamente disponível ao público e os mercados internacionais reabram para viajar”, assinalou a diretoria da United.

Apoio do Congresso

A companhia insistiu na prorrogação do PSP como “fundamental para salvar dezenas de milhares de empregos na aviação, nas companhias aéreas dos EUA”. A diretoria conclui que, “de forma esmagadora”, senadores e representantes sinalizaram apoio“.

Até agora, portanto, as companhias aéreas dos EUA receberam US$ 30 bilhões em subsídios.

Excesso de funcionários

No comunicado anterior, a United argumenta que há excesso de funcionários em relação ao número de voos atuais. Em abril, a companhia tinha ao redor de 100 mil funcionários.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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