Economia

Springer vende última participação e será liquidada

A holding Springer S.A. deixará de existir. Na quarta (19/08), o Conselho de Administração aprovou, por unanimidade, propor aos acionistas a liquidação da sociedade. O motivo é a alienação de seu último ativo, a participação na Liess Máquinas e Equipamentos Ltda, de Canoas (RS), de 28,77%. Portanto, deixou de ser uma sociedade de participação. Além disso, não possui atividade produtiva.

A transação foi fechado, em 30 de junho. O acionistas majoritário, a Afam Empreendimentos e Negócios Comerciais, que desembolsou R$ 2,49 milhões pelas ações da Springer. A Liess é forte nos segmentos de cervejaria e implementos rodoviários.

“A manutenção do registro da companhia perante CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e B3 (Brasil, Bolsa Balcão), para atendimento à legislação vigente, gera custos elevados. Não há qualquer expectativa de operação que justifique a manutenção da companhia”. Com a aprovação desses argumentos na pauta do Conselho, portanto, o capital da companhia será fechado.

Na sequência da Reunião do Conselho, a diretora de Relações com Investidores, Deise Santos Amarante, então encaminhou comunicado à B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), dando conhecimento da decisão.

O empresário Mário Amato (falecido em 2016), ex-presidente da Fiesp (1986 a 1992), teve participação acionaria relevante na Springer-Carrier (aparelhos de ar condicionado), que foi muito importante na carteira da holding. Um de seus filhos, Rogério Amato, presidiu o Conselho. A Afam controla 93,55% das ações ordinárias e 86,77% do total do capital. Mas, hoje, a participação da família Mario Amato é residual: 0,02% e 01,13%, respectivamente.

Springer investiu até nos EUA

A Springer liderou um conglomerado no segmento de eletrodomésticos. Além da Liess e da Springer-Carrier, teve a Springer Plástico da Amazônia, Nordeplast Indústria e Comércio de Plásticos, Nova Nordesplast Indústria e Comércio de Plásticos e a Metro Eastwest LLC, na Flórida (EUA).

Em 31 dezembro, empresa apresentou balanço com R$ 24,9 milhões de imobilizado, R$ 37,1 milhões em ativos e R$ 34,9 milhões em patrimônio líquido. No final do 1S19, aquelas rubricas, respectivamente, caíram para: R$ 11,1 milhões, R$ 23,2 milhões e R$ 22,4 milhões. A empresa lançou equivalência patrimonial de R$ 5 milhões e prejuízo líquido de R$ 10,3 milhões.

Agora, portanto, será convocada Assembleia Geral Extraordinária (AGE) dos acionistas para votação da liquidação.

Nairo Alméri

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