A Usiminas, que já foi a principal indústria do Estado, comunicou ontem (18) a conclusão da “liquidação da oferta” de papéis da dívida, tendo feito caixa de US$ 750 milhões. A operação foi com Notas da subsidiária integral Usiminas International. O setor produtivo de Minas Gerais, portando, tem motivos para oxigenar os ânimos. Os títulos ofertados vencem em 18 de julho de 2026. Ou seja, fôlego de caixa. Portanto, motivos para os investidores reagirem positivamente na B3 (Bovespa). As ações USIMI5 PNA N1, abrindo em de 0,64%, enquanto o Ibovespa era -0,61%. O BNDES terá “pré-pagamento integral”.
Além do BNDES, vários financiadores do Japão também receberão “pré-pagamento integral”. Entre estes o Japan Bank for International (JBIC), Nippom Usiminas e Mizuho Bank. Porém, detentores de debêntures (Bradesco, Banco do Brasil e Itaú) terão “pré-pagamento parcial”. Isso é que foi anunciado pela empresa recentemente. No final do primeiro trimestre, a empresa contabilizava no balanço dívida bruta de R$ 5,5 bilhões, sendo 97% de longo prazo.
A usina de Ipatinga (MG) mostrava fôlego desde final de 2018. Tanto que anunciou, em abril último, planos para investir R$ 1 bilhão, neste exercício. Foi, então, muito importante, a operação, agora, viabilizando o caixa da empresa.
No primeiro trimestre, a Usiminas teve lucro líquido consolidado (siderúrgica, mineração e serviços) de R$ 76,3 milhões. O EBTIDA consolidado (antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) exibia recuperação financeira: R$ 487,5 milhões. No período anterior, fora de R$ 366,5 milhões. No ano passado, a siderúrgica faturou R$ 13,7 bilhões e teve lucro liquido de R$ 829 milhões. A usina tem capacidade nominal para 9,5 milhões de toneladas/ano de aços. No final do ano, empregava 6,5 mil pessoas (2018). A planta de Cubatão permanece fechada desde 2015 (capacidade 4 milhões t/ano e empregava 4 mil pessoas). Previsão de retorno é para 2022.
*Texto modificado 24/08/2019 | às 19h39
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