A mineradora Vale S.A. concluiu, na semana passada, a obra de contenção de encosta em trecho próximo ao Topo do Mundo, no sistema da Serra da Moeda. O local, em Córrego Ferreira, município de Brumadinho (MG), foi marcado por uma tragédia, por conta das primeiras chuvas de janeiro de 2022.
No dia 08 de janeiro daquele ano, uma avalanche de terra desceu do alto da serra. O material cruzou a estrada que liga a localidade de Córrego Ferreira, em Brumadinho (MG), à BR-040, já em Nova Lima. Aconteceu no exato momento em que o veículo com cinco pessoas de mesma família passava no local. O automóvel foi arrastado para dentro do Condomínio Retiro do Chalé.
Todos morreram. Além disso, no caminho, a lama destruiu uma casa, na área interna do condomínio
A família viajava para Belo Horizonte. Entretanto, saiu do trajeto por causa do rompimento, 4 km adiante, na represa (dique) de rejeitos de minério de ferro da Mina Pau Branco, do Grupo Vallourec. A mina fica às margens da BR-040, próximo ao Trevo para Ouro Preto.
O material rompido, lama e o minério, encobriu parte da rodovia nos dois sentidos. De imediato, então, o tráfego foi interrompido pela concessionária. Isso horas antes do veículo mudar a rota para Córrego Ferreira.
Ao ser alertada sobre a interdição, a família optou por via alternativa, passando pelo Topo do Mundo. Mas, dois quilômetros a frente, o veículo foi arrastado por um deslizamento de encosta. A casa atingida não tinha qualquer pessoa dentro no momento.
Relembre o caso nos links abaixo:
Família que morreu em carro soterrado tinha ido a Minas para consolar parentes em luto
Antes e depois a casa devastada por deslizamento em condomínio
Vallourec tingiu BR-040 com lama do descaso político
Vallourec e Vale, o medo brota no alto da Serra da Moeda
A Vale extrai minério de ferro no cume da Serra da Moeda, na Mina da Serrinha. Fica bem a montante do local da tragédia. Em 2019, companhia comprou a mina, com vasto histórico de queixas por infrações ambientais e ao órgão precursor da Agência Nacional de Mineração (AMN).
Em entendimentos com o Ministério Público e a Prefeitura Municipal de Brumadinho, a Vale, então, assumiu as obras, executadas em duas etapas. A segunda, durou de março a outubro.
Exceto para os primeiros meses de 2022, houve pouca interdição do tráfego local. Num desses casos, por exemplo, em agosto, a Vale circulou aviso com antecedência. Mas usou de linguagem para o entendimento de poucos fora da engenharia, geologia e mineração.
“A obra tem o objetivo de conter resíduos do talude das barreiras dinâmicas”, informou a mineradora. Todavia, corroborou, de forma ampla, o medo geral de riscos de outros deslizamentos da encosta, e até rejeitos de minério depositados no topo da serra.
A instalação do sistema de proteção no local transcorreu, portanto, sem transtornos significativos aos usuários da estrada e moradores na região.
Os veículos de passeio, de transporte coletivo urbano, de cargas, do comércio e serviços em geral circularam sem interrupções longas. Funcionou, sem queixas, portanto, o sistema “pare” e “siga“, em percurso de menos de 500 metros.
A estrada é opção aos turistas que chegam do Rio de Janeiro pela BR-040 com destino ao Museu Inhotim, a 5 km da sede de Brumadinho.
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