O orçamento de investimentos da mineradora Vale S.A., para 2020, está mantido em US$ 5 bilhões. Ou seja, não foi alterado em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O valor permanece, portanto, no material (430 páginas) entregue aos acionistas para as Assembleias Geral Extraordinária (AGO) e Ordinária (AGO), na quinta-feira (30/04).
Do total, US$ 900 milhões, ou seja, 18%, estão na rubrica de execução de projetos. A companhia, então, destinará 82% (US$ 4,1 bilhões) para os gastos com manutenção das operações já existentes e “projetos de reposição”.
Os acionistas, na AGO, apreciarão as contas da companhia em 2019, além da eleição dos integrantes dos Conselhos (Fiscal e de Administração).
Salobo III, Victor e Alemão
Dos US$ 900 milhões, a Vale prevê o empenho de 85%, ou seja, US$ 765 milhões, para continuidade dos “principais projetos” executados no exercício fiscal passado: Salobo III (30 mil a 40 mil t/ano de cobre, a partir de 2022 – Marabá, PA) e o Programa 240Mt (logística para o Sistema Norte para 240 milhões de toneladas de minério de ferro).
Dentro do orçamento de “projetos em fase de planejamento”, a Vale apresenta as áreas de “Victor e Alemão, para produção futura de níquel”. Victor fica no Canadá.
Para Alemão, em Paruapebas (PA), até, então, o projeto mais conhecido era do cobre – 60 mil a 70 mil t/ano de concentrado, com previsão de início de operação em 2024. Ocupa área da antiga mina de Igarapé Bahia, onde, de 1990 a 2002, a Vale extraiu ouro.
No ano passado, a Vale investiu US$ 3,784 bilhões: US$ 2,896 bilhões em manutenção de operação e, US$ 888 milhões, em execução de projetos.
Ferrous Ressources
As incorporações das mineradoras Ferrous Ressources do Brasil S/A e da Mineração Jacuípe S/A estão na pauta da AGE. As minas ficam, respectivamente, em Minas (Quadrilátero Ferrífero) e na Bahia (Coração de Maria).
Ferrous Ressource Limited era proprietária das duas mineradoras. Mas, tinha 77% do capital em poder do grupo Icahn Enterprises, do investidor Carls Icahn.
Vale assumiu, em 1º de agosto de 2019, 100% do capital da Ferrous, por US$ 525 milhões. A negociação começou em dezembro de 2018. Mas, só foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em junho do ano seguinte.
Em moeda nacional, os ativos da Ferrous foram calculados em R$ 2,660 bilhões (caixa, contas a receber, estoques, imobilizado e outros). Porém, do valor pago, foram subtraídos R$ 814 milhões de passivo. A Vale, portanto, assumiu esse contencioso. Contudo, houve ajuste do imobilizado, de R$ 211 milhões, e deduzidos R$ 71 milhões de imposto diferido. Portanto, a operação fechou em R$ 1,986 bilhão. Os valores estão no balanço patrimonial de 2019.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
assassina, mas sustenta este estado e mantém muita gente viva, e com emprego, há décadas. Fala asenira, não, mané.