Bolsonaro descarta Zema e família; prefere e depende de Tarcísio Bolsonaro descarta Zema e família; prefere e depende de Tarcísio

Bolsonaro descarta Zema e família; prefere e depende de Tarcísio

Zema e Bolsonaro, foto Pedro Gontijo/ImprensaMG,

Os últimos dias foram de turbulência na seara bolsonarista, com filhos trocando ofensas com o principal aliado. Na briga pela herança bolsonarista, o filho 03 foi tentar a vida lá fora para ver se ganha relevância aqui, no Brasil. Esperneou nos EUA até convencer o presidente Donald Trump a direcionar suas loucuras contra o Brasil.

O que ganha Eduardo Bolsonaro com isso? Prejudica o Brasil, mas conta, em sua narrativa, que teve ato heroico contra o que chama de ditadura do STF. Não importa se o tarifaço trumpista vai desempregar e fechar empresas por aqui. Ele não faz isso pelo pai, para livrá-lo da iminente prisão, mas para si mesmo, buscando relevância para herdar o legado político de Bolsonaro. Na hora do vamos ver, quer provar que é melhor que Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, o nome mais forte e competitivo do bolsonarismo.

O governador paulista é a principal pedra no caminho dele. Ainda nesta semana, Bolsonaro acendeu o fogo amigo. Enviou vídeo para blogueiros aliados para contestar a emissora bolsonarista Jovem Pan, que teria divulgado que o ex-presidente, seus filhos e Michelle estariam fora do jogo. Nos comentários, os porta-vozes bolsonaristas detonaram a emissora paulista, afirmando que ninguém mais lhe dá importância.

Na última segunda-feira, o governador Zema foi a Brasília atrás de Bolsonaro para pedir autorização para ser candidato dele no ano que vem. Voltou de mãos vazias. A falta de competitividade e de presença nacional do mineiro e o amadorismo do filho levaram Bolsonaro a descartá-los.

Quem tem proximidade, ainda que indireta com Bolsonaro, conta que ele só tem um objetivo hoje: não ficar preso. E que o único nome que pode lhe oferecer isso com mais segurança é uma candidatura presidencial que vença as eleições para lhe dar o indulto. Ou até antes, com o bom trânsito que tem junto ao STF, Tarcísio poderia tentar diminuir o desconforto de Bolsonaro com uma domiciliar. Isso é o que mais deixa irritado o filho 03, porque a escolha do pai será pragmática.

Pacheco a Simões: já quer sentar na janela?

O senador Rodrigo Pacheco (PSD) deixou o estilo cauteloso e assumiu postura de pré-candidato e do campo de oposição ao governo mineiro. Ao repercutir a recente fala do vice-governador Mateus Simões (Novo), de que irá receber o apoio do seu partido à pré-candidatura dele a governador, o senador reagiu. Segundo Pacheco, seu partido não irá trocar um caminho sustentável para ficar com um “projeto ineficaz”, referindo-se ao governo Zema e o partido Novo. “O PSD não nasceu para ser coadjuvante”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia, na segunda(14). Com a iniciativa, Pacheco marcou território e deu um ‘chega pra lá” em Simões, como quem diz ‘está muito afoito’, ‘querendo chegar agora e sentar-se na janela’. Pacheco acha mais confortável ficar no PSD, onde teria melhores chances eleitorais. A reação de Pacheco levou a direção do Novo a garantir nessa quarta (16): Simões fica.

Zema apela a Pacheco

No mesmo dia em que se reuniu com Bolsonaro, Zema (Novo) aproveitou para pedir ajuda ao senador Rodrigo Pacheco, que é o nome mineiro com maior trânsito em Brasília. Ao contrário do governador, Pacheco fala, a hora que quer, com os presidentes do Congresso Nacional e com o Ministério da Fazenda. Por isso, o governo Zema levou dois pedidos ao senador. No primeiro deles, Zema pediu para que o senador ajudasse a derrubar os vetos presidenciais ao Propag, o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados. O projeto é de autoria de Pacheco, que se mostrou empenhado e convencido da possibilidade. O segundo pedido foi feito por uma turma do BDMG, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, para que ele representasse Minas no Ministério da Fazenda. Pacheco não fez cara de oposição. Na terça passada, o senador se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para viabilizar um empréstimo de US$ 200 milhões ao BDMG. E mais, o empréstimo será feito pelo Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics, que tem no comando a ex-presidente Dilma Rousseff.

Corrida pela 2ª vaga ao TCE

Definida a primeira das três vagas da Assembleia Legislativa para o Tribunal de Contas, agora, ou a partir do fim do recesso, começará a corrida pela segunda. Estão no páreo os deputados Thiago Cota (PDT), Ulisses Gomes (PT), Tito Torres (PSD) e Sargento Rodrigues (PL) e a deputada Ione Pinheiro. Cada um deles trabalha com um trunfo a seu favor. Cota quer vir com o apoio do governo; Ione com a condição feminina; Ulisses tem os votos do bloco que lidera, Tito Torres é aliado de primeira hora do presidente da Assembleia, Tadeu Leite (MDB), e Rodrigues por ter desistido da disputa na 1ª vaga. Já a 3ª vaga, deputados dizem que ficará para depois das eleições de 2026.

Demitido e cotado

Menos de mês após ser demitido pelo governador do Pará, Helder Barbalho, da Secretaria de Educação, Rossieli Soares é cotado ao mesmo cargo em Minas. Ao tomar conhecimento da mudança, deputados da oposição descobriram pelo Google que a demissão dele teria relação com improbidade administrativa em ação movida pelo Ministério Público do Estado do Amazonas. Vem dor de cabeça aí.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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