De Zema: “Ele fala muito e faz pouco”; de Kalil: “Ele não fala nada e não faz nada”. O chumbo grosso trocado entre os dois expoentes emergentes da política mineira deu também a largada sucessória para 2022. O governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), já se posicionam como pré-candidatos a governador. O primeiro, à reeleição, perto do final do segundo ano do mandato atual e sem ter obra definida. Mais à vontade no posto, o segundo vem de conquista incontestável ao se reeleger prefeito da capital mineira com 63,3% da votação.
Antes mesmo que as urnas municipais esfriassem, os dois colocaram fogo nas que virão daqui a menos de dois anos. Ao ser perguntado sobre o rival, durante o programa Entrevista Coletiva da TV Band, o governador rodeou, mas acabou chamando Kalil para dançar. Do tipo que não leva desaforo pra casa, o prefeito deu o troco no programa Roda Viva, da TV Cultura (SP). E declarou guerra ao dizer que o governador não cumpre a palavra nem paga o que deve à capital, cerca de R$ 700 milhões, segundo ele. “Ele é péssimo em tudo”, provocou o prefeito.
Prefeito acusa ‘gabinete do ódio’
Esse é o marco zero da sucessão estadual. Não se pode dizer que, com o confronto aberto, tenha havido rompimento entre eles, até porque nunca houve aproximação. O prefeito atribui as desavenças ao que chamou de “gabinete de ódio” instalado no governo mineiro. Ele não citou nomes, mas estava referindo-se ao estilo do secretário-geral Mateus Simões (Novo), que, até março deste ano, era opositor ferrenho do prefeito na Câmara de BH.
Hoje, os dois vivem momentos distintos. O governador amargou derrotas na sucessão municipal por falta de planejamento de seu partido, que só lançou três candidatos a prefeito. Ao final, elegeu apenas quatro vereadores, dos quais três em Belo Horizonte. E mais, o discurso da ‘nova política’ do qual foi porta-voz e beneficiário nas eleições de 2018 saiu derrotado. O eleitor voltou-se para o centro, o tradicional e para a experiência. Outro aliado, o bolsonarismo, também ficou em baixa na disputa municipal.
Além da própria reeleição, Kalil viu seu partido crescer e conquistar mais prefeituras. Em todo o país, pulou de 541 para 655 municípios; em Minas, saiu de 54 para 78 cidades. O prefeito, que se elegeu, pela primeira vez, com o discurso do novo e de apolítico, agora mudou e se reelegeu com ampla frente de oito partidos.
Governador aposta no acordo da Vale
Do ponto de vista administrativo, o governador está apostando no sucesso do acordo com a mineradora Vale, do qual poderá receber injeção financeira da ordem de R$ 30 bilhões a R$ 35 bilhões. Já adiantou que pretende construir, com boa parte desse recurso, o rodoanel, anel rodoviário na Grande BH para desafogar o trânsito da capital.
O acordo poderá salvar seu governo, que, até o momento, se sustenta no discurso de austeridade, com reformas administrativa e previdenciária, venda de uma aeronave, troca de palácio oficial por residência própria, entre outros.
Da parte do prefeito, há um pacote de obras para o segundo mandato, já que, nesses primeiros, reforçou o caixa para entregar obras reclamadas na cidade. Entre elas, a contenção de enchentes na região de Venda Nova (Norte), construção e reformas de centros de saúde e de escolas infantis (Emeis).
Estratégias para o interior
Para conquistar o interior, ambos estariam na mesma posição. Zema quer uma linha direta com os prefeitos por meio do presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Lacerda. A aproximação entre eles se deu depois que o governador fez acordo, via Judiciário mineiro, para pagar R$ 7 bilhões, confiscado pelo governo de Minas. Desses, R$ 6 bilhões no governo antecessor de Fernando Pimentel (PT) e R$ 1 bilhão do próprio governo de Zema.
Como 60% dos prefeitos serão renovados após as eleições municipais, o esforço feito até agora pode se perder. Terá que reconstruir essa ponte e pretende fazê-lo através da capilaridade de Julvan. No início do mês passado, o governador inaugurou escritório da Emater em Moema, município administrado, até o final deste ano, pelo presidente da AMM. Especula-se que Julvan poderia compor a chapa de reeleição de Zema como candidato a senador.
Kalil conta com deputados de partidos aliados, entre eles o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), dos prefeitos que seu partido elegeu. Conta ainda com o apoio de dois senadores de seu partido, Antonio Anastasia e Carlos Vianna. Especula-se que a chapa de Kalil teria Anastasia como candidato à reeleição ao Senado e, como vice, Agostinho Patrus. Ainda tem como trunfo sua passagem pelo mundo do futebol, onde presidiu o Clube Atlético Mineiro. É querido pelos atleticanos e tolerado por cruzeirenses e americanos.
LEIA MAIS: O resultado das eleições municipais e seus reflexos na eleição de 2022 em Minas
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kalil é o câncer de bh, ele é o maior encantador de burros da história de bh.
Não concordo,você não votou nele
Eleitor que pensa nunca votaria em alguém que ficou 4 anos como prefeito e não fez nada além de falar merda por aí, kalil não abriu a caixa preta da BHtrans, kalil fretou um jatinho e pagou 40 mil do dinheiro público pra levar Helder Barbalho até Brasilia, kalil abriu a Oiapoque e deixou os outros shopping fechados, ( imagine o motivo), kalil não fez nada sobre as enchentes na cidade, kalil acabou com as escolas municipais, saúde em BH é uma porcaria, trânsito em BH é uma merda, a cidade fede, então meu querido, eleitor que pensa e ler nunca votaria no kalil.
CONCORDO COM 100% DO QUE VC ESCREVEU…CIDADE MAIS FEDORENTA DO PAÍS
Reportagem xula, fazendo campanha pra este grosseirão e ditador Kalil!
Se tá querendo de venha rachadinha pra minas
Engraçado esse Patrus me lembro que ele tentou ser prefeito em BH pelo Partido do PT agora ta no PV e em 2022 vai fazer parceria com o Tucano Anastásia.
Me pergunto a Dilma vai tentar quebra cara de novo como senadora ou tentar uma vaguinha deputada que bem fácil porque ainda tem muito Burro pigando para eleger essa, pau de bosta.