Numa disputa polarizada, o desembargador Gilson Soares Lemes venceu o desembargador Andre Leite Praça e foi eleito presidente do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG). Ele obteve 81 votos contra 51. O escolhido tomará posse no dia 1º de julho deste ano, com mandato de dois anos. O Orçamento do Judiciário mineiro para este ano é de R$ 7,9 bilhões.
A votação aconteceu na tarde desta quinta (16), reunindo, presencialmente, 134 dos 140 desembargadores. O cargo de presidente, hoje, é ocupado pelo desembargador Nelson Missias de Morais. Seu mandato se encerra em junho próximo.
A disputa refletiu a divisão e polarização internas entre dois grupos internos. O do atual presidente apoiou Gilson Lemes, e o do ex-presidente Pedro Bitencourt, apoiou o concorrente Leite Praça. Numa demonstração de força política de Nelson Missias na magistratura mineira, todos os eleitos são de seu grupo. “Ele fez barba, cabelo e bigode”, observou um desembargador.
Ainda na votação, foram eleitos os 1º, 2º e 3º vice-presidentes e o futuro corregedor-geral, totalizando seis cargos em disputa. O 1º vice-presidente eleito foi o desembargador José Flávio de Almeida, com 56 votos; o 2º vice, o desembargador Tiago Pinto, com 76 votos. Como 3º vice, o desembargador Newton Teixeira teve 82 votos em segunda votação. Para corregedor-geral foi eleito, em 2º escrutínio, o desembargador Agostinho Azevedo, com 75 votos. O desembargador Edson Feital conquistou o cargo de vice-corregedor, com 69 votos.
Após a divulgação do resultado, o desembargador eleito como futuro presidente, Gilson Soares Lemes, comemorou a vitória de forma comedida, evitando contatos físicos. “Na verdade, a eleição é a prova do reconhecimento dos desembargadores da boa gestão Nelson Missias, que obteve várias conquistas, como dar a juízes e desembargadores melhores condições de trabalho, construção de novos prédios e avanços tecnológicos, além de melhorar o relacionamento com outros poderes”, observou Gilson Lemes. “Nossos pares reconheceram a boa administração Nelson Missias, da qual fiz parte como superintendente administrativo, e nos reelegeram para darmos continuidade a esta obra”, disse.
O presidente do TJMG, Nelson Missias, determinou que as regras da votação seguissem um parecer da junta médica. ““Em razão da pandemia da covid-19 foram determinadas medidas de preservação da saúde dos membros do Tribunal e dos servidores, tudo de acordo com orientações técnicas e científicas”. A orientação fez parte de documento destinado a todos os desembargadores aptos a votar.
Disputa polarizada nas eleições para o comando do Judiciário mineiro
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