O Governo Lula aceita que os garimpeiros ilegais fujam de avião sem problemas das terras dentro da Reserva Yanomami, em Roraima. A garantia de não interceptação pela Força Aérea Brasileira (FAB) começou a valer ontem (06/02). O favorecimento oficial terá duração de uma semana, ou seja, até 13/02. Portanto, quem sair espontaneamente nesse prazo, mantendo as aeronaves dentro das coordenadas estabelecidas, não será importunado pela FAB.
A Agência Brasil, órgão oficial do Governo Federal, ao divulgar essa decisão, destacou que a FAB criou três corredores, de 11 km de largura cada, para a fuga de garimpeiros. Nos últimos dias, acrescenta, há movimento intenso de saída de garimpeiros por terra e via fluvial em Terra Indígena Yanomami.
A FAB, entretanto, avisou que será rigorosa. “As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), que vão desde a identificação da aeronave, pedidos de mudança de rota e pouso obrigatório até tiros de advertência e os chamados tiros de detenção, que são disparos com a finalidade de provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave transgressora”, de acordo com a notícia oficial.
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Fogo avança sobre Amazônia e Cerrado
As tragédias em territórios indígenas, entretanto, não são causadas apenas pelos garimpos e atividades econômicas diversas como as extrativas minerais e da agropecuária na Amazônia. Enfrentam, por exemplo, avanço sem trégua das queimadas. É o que mostra, mais uma vez, a revista Plurale em publicação com dados do relatório do Monitor do Fogo para dezembro de 2022.
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