Comando das Polícias rejeita proposta de Zema de quebra da paridade Comando das Polícias rejeita proposta de Zema de quebra da paridade

Comando das Polícias rejeita proposta de Zema de quebra da paridade

  • por | publicado: 11/03/2022 - 05:18 | atualizado: 22/03/2022 - 14:29

Zema contradiz a cartilha e usa cargos para fazer política, foto Gil Leonardi/ImprensaMG

O governador Romeu Zema (Novo) ouviu, nessa quinta (10), a reprovação do Alto Comando da Polícia Militar, Civil e Bombeiros à sua proposta de quebra de paridade nas corporações. A resposta foi dada durante reunião na qual tentava ampliar as verbas indenizatórias, como auxílio-fardamento, alimentação e transporte, para pôr fim ao movimento por reposição salarial.

A concessão desses auxílios beneficiaria apenas os servidores da ativa, quebrando a paridade com aqueles que já reformaram. Para a corporação, mais grave do que baixo percentual de reposição salarial, é o tratamento diferenciado entre ativos e inativos.

Os servidores da segurança pública estão em greve branca e já realizaram três atos públicos para cobrar a reposição de 24%, concedida há três anos por Zema e não paga. Esse percentual é fruto de acordo, feito em 2019, de recomposição de 41% em três parcelas, das quais o governo pagou apenas a primeira de 13%.

Proposta unilateral e reprovada

Há 15 dias, o governador enviou, unilateralmente, à Assembleia Legislativa projeto de reposição de 10,06% para todo o funcionalismo público. Além dos policiais, outras categorias também reprovaram a proposta.

Após o encontro com os comandantes, Zema decidiu mudar a proposta e deverá apresentá-la na manhã desta sexta (11). O governo está convencido de que o novo esforço deverá encerrar as manifestações, que, na última quarta (9), extrapolaram os limites, com a explosão de bombas e contrariando até ordem judicial. Se insistir, por outro lado, em aumentar apenas os auxílios ampliará a crise nas forças de segurança.

Além disso, o governador deverá encaminhar, finalmente, à Assembleia a retirada do regime de urgência sobre projeto de sua autoria, referente à recuperação fiscal. Sem essa medida, a Assembleia não irá iniciar a leitura e tramitação do projeto de reposição salarial. O governo preciso agir rápido porque, a partir de 2 de abril, ficará impedido de conceder medidas dessa natureza por conta das eleições deste ano.

LEIA MAIS: Secretário de Zema pede que ato de policiais seja “ordeiro e o último”

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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