O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, não será afastado preventivamente do cargo, pelo menos por enquanto. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em sessão realizada hoje de manhã, negou pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para ele deixasse a função.
O senador alagoano, na representação, alega que o promotor usou as redes sociais na época das eleições de 2018 e também quando ele disputou a presidência do Senado. Pelo conteúdo das mensagens publicadas, Renan argumenta que Deltan tentou interferir nas eleições, prejudicando sua candidatura, o que seria uma forma de exercer atividade política, que é proibida a membros do Ministério Público.
Apesar de ter negado o afastamento, o CNMP ainda vai decidir se abre Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o promotor na reclamação feita por Renan. Além dessa, o conselho ainda vai avaliar 11 representações disciplinares contra Deltan, sete delas feitas com base nos diálogos revelados pelo site The Intercept Brasil.
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