Pela segunda vez na semana, o governador Romeu Zema (Novo) constatou as dificuldades de sua articulação política na Assembleia Legislativa. Zema voltou nessa quinta (6) à Assembleia para apoiar a criação de tribunal federal em Minas (TRF-6). Na segunda (3), prestigiou a reabertura dos trabalhos legislativos.
Sinal de insatisfação com a relação política foi dado na terça (4) pelos deputados, quando seis deles deixaram o bloco de apoio ao governador. Com isso, a base mais fiel de Zema caiu de 22 votos para 16 votos. São várias as queixas entre os aliados.
Uma delas refere-se a descumprimento de acordo feito com o secretário de Governo, Bilac Pinto (DEM). “Ele não cumpre acordos”, disse outro em anonimato. Ainda nesta quinta (6), o secretário ficou poucos minutos na Assembleia Legislativa. Apesar da importância do evento ali realizado em defesa da criação do Tribunal Federal da 6ª Região, ele deixou o local, segundo esses deputados, para evitar cobranças.
Já o deputado Alencar da Silveira (PDT), isentou Bilac, mas apontou descompromissos na liberação de emendas na área da cultura, colocando a responsabilidade sobre o secretário Marcelo Matte.
De acordo com deputados que temem retaliação, Bilac estaria mais preocupado com projetos pessoais, como se cacifar para ser candidato a vice de Zema, em 2022. Ainda nesta semana, fruto de outra dessintonia política, o governo enviou à Assembleia nove vetos do governador a projetos dos deputados.
Mais grave, um desses projetos é do presidente da Casa, Agostinho Patrus (PV), que impede abusos de poder do Executivo e de membros de 2º escalão. A matéria dispõe sobre a responsabilidade de autoridade estadual pelo exercício irregular do poder de regulamentar. No total, são cinco vetos parciais e quatro totais. Os deputados podem manter ou derrubar os vetos do Executivo.
Como é sabido, a tramitação dos vetos poderá consumir até 30 dias de trabalho dos deputados, inviabilizando outras votações. De acordo com o próprio governador, suas prioridades são as aprovações de projetos da recuperação fiscal do Estado e da reforma previdência. Para isso, o governo conta com apenas quatro meses, já que, no segundo semestre, as eleições municipais poderão esvaziar a Assembleia.
Uma terceira distorção política do governo reclamada pelos deputados é a habitual tentativa de terceirizar para eles a responsabilidade pela crise. Na terça (4), Zema invocou prefeitos a ajudá-lo a pressionar a Assembleia para votar seus projetos prioritários. Disse que para sair da crise, o estado e municípios dependem do voto favorável dos deputados à recuperação fiscal e à reforma da previdência.
A recuperação fiscal impõe medidas impopulares, como venda de estatais (Cemig, Copasa, entre outras) e congelamento de salários e promoções. E mais, corte de direitos dos servidores na reforma da previdência. De forma geral, há resistência dos parlamentares à aprovação dessas matérias, especialmente neste ano que é eleitoral.
De olho na vaga de vice de Zema, Bilac desagrada aliados do governo
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Eles sabem que tem nas mãos o poder de mudar a situação do estado e ainda querem se eximir da responsabilidade ?
Ele não cumpre acordos e ainda mente. Fala de LRF pra Saúde, mas dá aumento pra TODOS da segurança pública que apesar de serem merecedores tiveram reajustes em todos os governos e ainda correspondem às maiores despesas do próprio estado. E a Educação tbm teve reajuste. Só a Saúde que fica na chuva por aí e não tem sequer recomposição salarial. Ajuda de custo que o Pilantrel pagou não é salário.