Direita busca sobrevida eleitoral em cima da insegurança Direita busca sobrevida eleitoral em cima da insegurança

Direita busca sobrevida eleitoral em cima da insegurança

Protesto denuncia operação policial no Rio, foto Fernando Frazão/ABr

Após a desastrosa operação do governador Cláudio Castro (RJ), com mais de 100 mortos, governadores do campo da direita se apressaram em aprovar as ações de combate ao crime organizado. Assim o fazem com o objetivo explícito de desgastar o governo federal, acusado de omissão, e para surfar nas pesquisas que apontam a segurança pública como tema central das eleições 2026.

Claudio Castro se reelegeu no Rio à base de operações policiais nas favelas e, agora, quando se viu sem futuro político, recorreu à mesma estratégia. Depois do espetáculo macabro, tudo continuará como dantes, menos o apetite político e eleitoral desses personagens. Menos o tráfico ou o crime organizado, até porque nenhum chefão foi preso ou morto.

O governo federal e os estaduais não reconhecem o estado paralelo comandado pelo PCC e o Comando Vermelho. Estão infiltrados na maioria das instituições e em todo o país. Podem até admitir a existência, mas nenhum deles tem uma política pública para enfrentar o problema, de combate ao crime organizado crescente.

Agem como se não fossem com eles, quando deveriam atuar juntos, e tocam a vida na busca de eleições e reeleições. A direita encontrou sobrevida política, com essa demanda, para tentar virar o jogo, ou tirar dele Lula, que vinha se fortalecendo diante do racha entre os adversários. A esquerda tenta minimizar os desgastes desde a desastrosa declaração de Lula sobre o tráfico e da acusação de proteger bandidos.

Baixo clero atrasa Propag

A iniciativa de alguns governistas de incluir mais uma estatal na privatização, a Gasmig (companhia de gás estadual), travou e vai atrasar, em uma semana, as votações do Propag e da venda da Copasa. Empolgados pela vitória alcançada na PEC que derruba o referendo da estatal de abastecimento, em 1º turno, na calada da madrugada de sexta (24), esses deputados do baixo clero avaliaram que o governo tinha força para abrir a porteira da privatização.

Trombaram com o presidente da Assembleia, Tadeu Leite (MDB), que levou o governo ao recuo. Por conta dessa vacilada, que quebrou o acordo inicial, as votações dessa PEC (2º turno) e de outros projetos ficarão para semana que vem.

Três imóveis travam Propag

Os prédios da Emater/MG, do Colégio Estadual Central e do Hospital de Divinópolis travaram o avanço da tramitação do projeto de Zema que federaliza ou privatiza imóveis estaduais. Eles integram a lista de 259 imóveis que, junto com outros ativos, podem ser entregues ao governo federal para abater a dívida de Minas de R$ 170 bilhões.

A pressão para tirar o da Emater (pretendido pelo TRF-6) vem de prefeitos e deputados que têm histórico com o órgão, além de servidores e da própria direção da empresa. Estudantes do Estadual fazem protestos. Já o hospital havia sido doado à Universidade Federal de São João del-Rei, mas Zema quer refazer a operação, usando-a como moeda de troca na dívida.

Memória do jornalismo mineiro

A Casa de Jornalista de Minas lança hoje, às 19h, o Centro de Memória do Jornalismo Mineiro. Trata-se do resgate da memória e da história do jornalismo mineiro, por meio de depoimentos de jornalistas veteranos e suas passagens por diversos veículos do estado. Já foram gravados 10 depoimentos para a série chamada Casa de Memórias. A iniciativa tem o apoio da Faculdade de Comunicação e Artes, da PUC Minas, e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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