Ao confessar que pretende disputar o cargo de senador no ano que vem, o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Lacerda, admitiu que poderá aliar-se a Zema. O governador é filiado ao Novo e Julvan está no MDB, mas se ambos os partidos não estiverem juntos na campanha eleitoral, admitiu que poderá até trocar de legenda.
“Vou firmar minha candidatura nos apoios locais, nos prefeitos, mas eu tenho um alinhamento muito bom com o governador Romeu Zema. Pelas coisas que ele fez para os municípios, pagando dívidas, será o primeiro governador a cumprir o mínimo constitucional com a saúde. Por isso, tudo indica que estarei alinhado com ele. Pelo movimento do xadrez político, eu não sei se será por esse ou aquele partido”, disse ele, acrescentando que não pertence ao MDB. “Hoje, estou no MDB, queria continuar ali por ser meu primeiro partido, nunca tive outro. Mas eu estou filiado ao MDB, o partido não é meu nem eu sou do MDB. Sou da minha consciência, do que eu tenho como ideologia. Estou livre para continuar a fazer o que estou fazendo, atendendo aos interesses dos municípios e não os de A ou de B”, adiantou o presidente da AMM.
Defesa do município
Julvan disse que quer virar senador porque está convencido de que a maioria dos problemas são criados por Brasília e que a solução para eles está no Congresso Nacional. “Vou defender que o dinheiro que é gerado no município fique no município e não que vá para Brasília para depois voltar e se perder no ralo da burocracia e da corrupção”, criticou.
Sobre a polarização política nacional e estadual que se anuncia para 2022, admitiu que ela é mais consolidada em Minas, entre Zema e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandra Kalil (PSD). “Já no plano nacional, eu sinto um clamor por mudanças, além dessa polarização”, disse ele, convicto de que esse clamor teria o nome de terceira via na disputa presidencial. Ou seja, nem Lula (PT) ou Bolsonaro (PL).
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