Previdência de Bolsonaro “foi feita por quem não gosta de mulher” Previdência de Bolsonaro “foi feita por quem não gosta de mulher”

Previdência de Bolsonaro “foi feita por quem não gosta de mulher”

  • por | publicado: 15/03/2023 - 07:18 | atualizado: 23/03/2023 - 15:25

Deputada Ana Paula e a dirigente associativa Maria Aparecida Papá são entrevistadas pelos jornalistas Elis Colodeti e Orion Teixeira

A Previdência, após a última reforma feita em 2019, no governo Bolsonaro, ignorou o direito das mulheres à aposentadoria e à pensão por morte. “É uma reforma feita por quem não gosta de mulher”, afirmou a vice-presidente da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais, Maria Aparecida Meloni Papá. Ela é também conselheira da Associação dos Funcionários Fiscais de Minas (Affemg) e fez a crítica ao participar do programa Entrevista Coletiva da TV Band Minas, no sábado (11), dedicado ao mês internacional das mulheres.

“Quase 70% das pensionistas são mulheres. Quando se tornaram viúvas, têm que fazer escolha entre a aposentadoria adquirida, direito seu, com a pensão. A mulher passou a vida trabalhando, fez corrida de obstáculos, alcançou o mercado de trabalho, conseguiu se aposentar, mas terá que fazer a escolha quando se tornar viúva. Isso demonstra o requinte de quanto a reforma foi terrível e que precisa ser revista”, observou a dirigente. Papá apontou ainda outros prejuízos para as mulheres na ampliação da idade mínima e tempo de contribuição.

Assembleia não reconhecia maternidade

Também participou do programa a deputada estadual Ana Paula Siqueira (Rede). Mãe de três filhos, Ana Paula contou que, até quatro anos atrás, a Assembleia Legislativa não reconhecia o direito das deputadas à licença-maternidade. Um suplente ainda tentou ocupar sua vaga, avaliando que ela não teria condições de conciliar a maternidade e o mandato. Para conseguir o benefício, a deputada teve que recorrer à Constituição Federal.

O afastamento temporário dela foi concedido baseado no artigo 7º, inciso 13, da Constituição Federal, que prevê “licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias”. Com esse prazo, não é preciso convocar suplente durante a ausência da parlamentar. “A maternidade não pode ser vista como um dificultador da participação feminina no cenário político”, pontuou Ana Paula. Após sua experiência, a Assembleia incluiu na Constituição mineira, em 2019, o direito à licença-maternidade.

Assista a essas e outras revelações no vídeo abaixo, com a íntegra das entrevistas concedidas à TV Band em homenagem ao mês da mulher.

Entrevista Coletiva da TV Band Minas

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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