Saída de Amoêdo favorece aliança de Zema com Bolsonaro pela reeleição Saída de Amoêdo favorece aliança de Zema com Bolsonaro pela reeleição

Saída de Amoêdo favorece aliança de Zema com Bolsonaro pela reeleição

Zema não compartilha a mesma ideia de partido com Amoêdo, um dos fundadores do Novo, foto site do Novo

Em menos de 15 dias, o partido Novo (o mesmo do governador Romeu Zema) lançou o empresário João Amoêdo a candidato novamente a presidente, mas o levou a desistir. Fundador e ex-presidente da legenda, Amoêdo recusou, ‘a pedido’, porque não encontrou apoio político interno para manter sua intenção.

Por quê? O partido que ajudou a fundar não é mais o mesmo hoje e, como os outros, acabou entrando no jogo da política tradicional que tanta condenava. De onde veio a influência política maior contra a candidatura presidencial dele? Com certeza, partiu do governador Romeu Zema e seus aliados, hoje, a maior força política do Novo. Ou alguém duvida disso?

A desistência de Amoêdo foi uma vitória de Zema e da ala bolsonarista do partido, da qual o governador é integrante, mas não favorece eventual candidatura presidencial do araxaense. Visto de outra forma, fortalece a intenção dele em se reeleger em Minas numa aliança com a candidatura de reeleição de Bolsonaro. Dessa forma, Bolsonaro poderá ter palanque no Estado e um aliado forte disputando a própria reeleição.

Briga será com prefeito de BH

Zema deverá disputar a reeleição enfrentando o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Enquanto isso, o tempo passa e a possibilidade de uma terceira via eleitoral vai ficando mais difícil para os maiores partidos, como o PT, PSDB, MDB e DEM. Em alguns casos, além da falta de nomes naturais, há outras estratégias políticas em curso.

O PT, por exemplo, está mais concentrado na viabilidade eleitoral do ex-presidente Lula na disputa presidencial. Por isso, quer buscar palanques fortes nos estados onde não tem candidato próprio. Os petistas até admitem conversar e se aproximar de Kalil, mas o estilo do prefeito não é de muita prosa e costura. O PSDB está dentro do governo Zema e não deverá ter dificuldades em decidir. O DEM de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, fica à espera do melhor rumo.

Tudo somado, os partidos estão em efervescente transformação e passando pelas turbulências do período pré-eleitoral. É o momento de planejamento, articulações e traições em preparo para a disputa eleitoral do ano que vem. Essa será ferrenha, uma espécie de tira-teima, o momento de o país fazer um balanço sobre as experiências desastrosas que temos vivido.

LEIA MAIS: Polarização entre Zema e Kalil barra chance de 3ª via nas eleições 2022

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Ricardo Ribeiro

ESTAMOS FERRADOS.O “crapuladrão” mentiroso,o idiota das armas e o “falso calhambeque”.Votar em quem?Socorro,meu Deus!

Ricardo Ribeiro

ZEMA.Estamos ferrados.Professor aposentado.Minas tem um dos combustíveis mais caros do país,aumentam toda semana.E nós,funcionários e servidores,que temos o “azar” de ter veículo?No seu Governo,nenhum reajuste contra os aumentos semanais e a inflação galopante deles decorrente e que retorna.Ponha a mão na consciência,governador!Que tal um desconto nas bombas para o funcionalismo?

Joaquim Antônio de Souza

Se reclamam tanto votem em Lula e Kalil