Vice de Zema reprova tática do chefe e vai mudar de marqueteiro Vice de Zema reprova tática do chefe e vai mudar de marqueteiro

Vice de Zema reprova tática do chefe e vai mudar de marqueteiro

Vice-governador Mateus Simões é pré-candidato a governador em 2026, foto Dirceu Aurélio/ImprensaMG

Mais preocupado com a própria candidatura a governador, o vice-governador Mateus Simões (Novo) avalia ter marqueteiro próprio convencido de que o projeto de Zema é diferente do seu. Enquanto o governador busca ter relevância nacional e apoio do bolsonarismo, Simões vai trabalhar pela reeleição, já que deverá assumir o governo de Minas no ano que vem com a saída do titular.

Quando dispensou o marqueteiro de 7 anos, o governador contratou outro em um pacote que incluía as candidaturas de Zema para presidente, Simões a governador e Marcelo Aro a senador. O escolhido foi o publicitário Renato Pereira, que trabalhou com o governador Sérgio Cabral (RJ), em 2010, e Aécio Neves, a presidente, no mesmo ano.

Como marqueteiro sênior, Renato Pereira não aceitaria facilmente dividir espaço a não ser que o projeto de Simões fique submetido à sua orientação. Um dos nomes mais cotados para ser o marqueteiro de Simões é o do publicitário Alberto Lage, que já atuou em campanhas municipais de Alexandre Kalil (eleito) e de Gabriel Azevedo (não eleito).

Campanhas independentes

Simões e Marcelo Aro (atual secretário de Governo) compartilham a ideia de que as campanhas a governador e ao Senado sejam independentes. Querem estrutura própria, separada da de Zema, por ser uma campanha maior e com arco de alianças superior e distância da extrema-direita. A questão é saber se Pereira aceitará a divisão.

Os rivais de Simões também estão se mexendo. O senador Cleitinho Azevedo, pré-candidato do Republicanos, está conversando com o publicitário Leandro Groppo, que atuou com Zema. Indefinido, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) gostaria de ter o marqueteiro Paulo Vasconcelos, que fez a recente e vitoriosa campanha de reeleição do prefeito de BH Fuad Noman (PSD).

Série A ou série B

Além de não gostar de banana com cascas, Mateus Simões quer ser cabeça de chapa, ao contrário de Zema, que faz movimentos para ser candidato a vice-presidente.

Japão decifra Pacheco

A viagem de Lula ao Japão nesse sábado pode trazer fato novo para as eleições de governador de Minas no ano que vem. Integra a comitiva presidencial o senador Rodrigo Pacheco. Será assediado pelo presidente para que aceite disputar o governo de Minas. Até o momento, Pacheco tem dito que só vai resolver o assunto em meados do ano que vem. O medo de lideranças políticas de seu campo político é que ele decida, às vésperas das eleições, não decidir nem disputar.

O coringa Tadeuzinho

Presidente reeleito da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tadeuzinho (MDB) vive, aos 38 anos, um dos melhores momentos de sua trajetória política. Cortejado para ser vice por pelo menos três candidatos a governador, ele pode se dar ao luxo de bancar a própria candidatura a governador ou a senador. Se tudo der errado, ainda poderá ser eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Estado em 2026.

Decreto de Zema afeta municípios

Em dezembro do ano passado, o governador Zema baixou o decreto nº 48.966, que privilegiou alguns municípios industrializados. Com a mudança, eles poderão incluir o valor correspondente ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) na base do Valor Adicionado Fiscal (VAF), como se o IPI fosse fato gerador do ICMS. Na avaliação do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifisco-MG), a medida contraria lei federal e reduz consideravelmente os valores dos repasses da cota parte do ICMS aos municípios que não têm indústrias.

Sem originalidade

Ao passar pela Praça 7, no Centro da capital mineira, o secretário de Cultura, Leônidas Oliveira, ficou se perguntando onde poderia ser implantado o projeto ‘times square’ no local. A medida prevê a instalação de placas luminosas de até 40 metros na fachada dos prédios, a maioria tombada pelo patrimônio histórico. A matéria foi aprovada pela Câmara de BH e sancionada pelo prefeito interino Álvaro Damião. “Tudo aquilo que você copia tende a dar errado. Para ser original, é preciso voltar às origens”, disse o secretário, recorrendo a uma lição do arquiteto espanhol Antoni Gaudí (1852-1926).

Polêmica na educação

A ministra do STF Cármen Lúcia confirmou a cinco prefeitos mineiros que a ação, que pede a derrubada da lei estadual que mudou as regras do ICMS da Educação, será julgada no 1º semestre deste ano. Liderados pela prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), eles alegam prejuízo milionário a 117 municípios, que concentram 70% dos alunos da rede pública do estado. O ponto central é que a legislação não considera o tamanho da rede para o fatiamento dos recursos públicos. A lei estadual aumentou de 2% para 10% a transferência para as cidades com melhores índices de aprendizagem.

Artemig: pedágios e vetos

Se não for votada, em 2º turno, até a próxima sexta, o projeto do governo do estado, que cria a Artemig (Agência Reguladora de Transportes), poderá ser obstruído pelos vetos de Zema. A partir do dia 29, eles ganham prioridade de votação. Antes dessa barreira, outra paralisou a tramitação com o desacordo com a oposição, que queria incluir o assunto pedágio na votação.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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