Após a reforma da previdência, o governador Romeu Zema (Novo) retoma o discurso das privatizações de estatais mineiras. Para isso, ele quer que a Assembleia Legislativa, além de aprovar a venda do patrimônio público, retire da Constituição estadual a consulta popular (plebiscito) que deveria autorizar a operação. Quais são as chances?
São quase que zero, pelo menos, neste ano. Zema pode até conseguir o apoio da maioria simples de 39 dos 77 deputados estaduais para aprovar a venda de uma estatal como a Copasa ou a Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, do poderoso nióbio). Já uma Cemig é mais difícil pelo que ela representa no cenário econômico, político e até cultural dos mineiros.
Pedir para que a Assembleia retire da Constituição estadual o direito de os mineiros serem consultados sobre a privatização é um pouco demais. Seria como se ele pedisse aos deputados estaduais para que façam com que a democracia ande para trás. Afinal, se o cidadão pode escolher presidentes da república, governadores de estado e prefeitos, pode muito bem decidir se quer ou não a perda de patrimônio público.
Risco de afetar liderança e poder
Além do risco de ver o projeto derrotado, o governador teme que eventual derrota afete sua liderança política e, consequentemente, sua reeleição em 2022.
Plebiscito foi obra de Itamar Franco
A trava que dificulta, ou democratiza, a decisão de privatizar, foi incluída na Constituição mineira por emenda do então governador Itamar Franco (1999/2002) e aprovação da própria Assembleia. A medida representou aperfeiçoamento da democracia representativa. A razão da iniciativa justificava-se depois que seu antecessor, o tucano Eduardo Azeredo (1995/98) negociou 33% das ações da Cemig com investidores norte-americanos (AES e Southern).
Apesar do baixo percentual acionário, elas ganharam de Azeredo poder de veto em investimentos da empresa acima de R$ 1 milhão. Com Itamar, o negócio foi desfeito e, em seguida, aprovada essa salvaguarda contra a privatizações.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
se Zema fosse cruzeirense seria ZeMARIA
O Governador deveria convocar o plebiscito junto as eleições de Novembro, e assim todos veriam que o povo mineiro está cansado de ser roubado por Copasa e Cemig –
Duas empresas utilizadas para distribuição de cargos políticos, vide a falcatrua feita na última gestão do Sr. Pimental na qual teve o vice presidente da Cemig dando descarga em 3 mil reais, assim que a PF bateu a sua porta.
Venda por um preço bom antes que não valha nada.
As energias de matriz sustentável/ecológica/renovável como eólica e solar vieram para ficar.
Que adianta ter uma estatal dessa como “patrimônio mineiro” se não usufruímos, de maneira democrática, dela?
Esse mimimi também ocorreu na privatização das “teles” com aquele papo furado de “soberania”. Se tivéssemos a Telemig sob a tutela estatal, a tecnologia seria analógica com planos caríssimos.