Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pegará carona na distribuição primária de 68.621.264 de ações ordinárias da Light S.A. para sair do capital social da empresa. A Cemig, estatal controlada pelo Governo de Minas Gerais, fará, então, oferta de ações da emissão da distribuidora fluminense de energia em mesmo volume. Sairá, portanto, 100% de sua carteira.
Mas, seguindo instrução do Governo Zema, Cemig não exercerá direito de opção de subscrição nas novas ações da Light. A confirmação da saída, portanto, está no comunicado desta quarta (07/01).
Por sua vez, a expectativa da Light é a de captar R$ 1,6 bilhão com essa emissão primária. Os recursos terão destinações diversas, como, por exemplo, investimentos e amortização da dívida.
As duas ofertas unificadas, primária e secundária, portanto, ultrapassariam os R$ 3 bilhões. Citi, BTG Pactual, Santander Brasil, Itaú Unibanco e XP vão coordenar a operação.
Cemig deixa espaço para político
Na posição acionária de 15 de dezembro, a estatal é maior acionista individual da Light, com 22,58% das ações. Na sequência, está a família do banqueiro e ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, via Samambaia Master Fundo de Investimentos e Ações, com 17,53%. O capital social da Light é composto por 303.934.060 de ações ordinárias.
Light acumula perdas
No balanço do 9M20, a Light apresentou ativo total de R$ 25,577 bilhões. Foi, então, 7,2% superior ao dos 9M19. O patrimônio líquido, de R$ 6,809 bilhões, fechou com alta de 9,2%.
A receita de vendas da companhia fluminense no período somou R$ 8,769 bilhões, portanto, 13,2% inferior. Mas, o lucro líquido, de R$ 257,9 milhões, acumulou tombo exponencial: 84,9%.
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