Zema ‘vira’ marionete na TV em campanha contra adesão ao RRF Zema ‘vira’ marionete na TV em campanha contra adesão ao RRF

Zema ‘vira’ marionete na TV em campanha contra adesão ao RRF

Ator que faz o papel de Zema na TV está com as mãos amarradas, reprodução YouTube

O governador Romeu Zema (Novo) aparece na TV como marionete movido por cordéis manipulados por uma pessoa ligada ao Ministério da Economia. Essa é a imagem que está em todas as TVs mineiras para denunciar e alertar a população contra a proposta de adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O vídeo é a principal peça da campanha do Sindifisco MG (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas) contra a medida.

Foi iniciada no último final de semana e deverá durar 10 dias, até o dia 13 próximo nas TVs Band, Globo, Record e GloboNews. Nessa segunda (5), estreou no horário nobre do Jornal Nacional da Rede Globo. No vídeo, o ator que faz o papel de Zema tenta se mexer, mas é manipulado por um representante do Governo federal e vê sua autonomia afetada. A criação é da agência de publicidade Brasil 84.

O Sindifisco-MG chama atenção para o que chamou de farsa por trás da proposta do Governo federal de ajuda aos estados via adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. A mensagem do sindicato é de que a proposta é uma grande encenação e que, se a adesão for concretizada, Minas perde sua autonomia administrativa e se tornará uma marionete nas mãos da União.

Privatização e desmonte do serviço público

Dessa maneira, o governador assistirá impotente à precarização dos serviços públicos, redução de investimentos e privatização de estatais, entre outros prejuízos. O vídeo é encerrado convocando o telespectador a assinar a petição contra a adesão de Minas ao RRF.

“O Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é uma grande encenação. Com sua adesão, Minas será feita de marionete e quem vai pagar a conta é você. Os serviços públicos serão ainda mais prejudicados. Isso sem falar que os investimentos que você mais precisa serão reduzidos. Não se deixe manipular. Faça parte do movimento ‘Minas sem Amarras’ e assine a petição contra a adesão ao RRF”, diz o texto da gravação de 32 minutos. Assista ao vídeo abaixo.

Além da capital, a campanha será exibida nas TVs do interior, como Varginha (Sul), Governador Valadares (Leste) e Uberlândia (Triângulo Mineiro).

De acordo com o presidente do Sindifisco-MG, Marco Couto, a adesão irá colocar Minas de joelho perante o Governo federal. “Existem alternativas a essa medida (renegociação da dívida), mas não vejo disposição política da atual administração. O que a gente vê é uma tentativa de colocar Minas de joelho perante o Governo federal”, avaliou o representante dos servidores da área fiscal do Estado. Ele se refere às condições impostas pelo governo federal, como privatizações de estatais e supressão de direitos dos servidores, para aderir.

Estado contesta e vê reequilíbrio fiscal

Em nota ao site, a Secretaria da Fazenda contestou que a medida vá afetar a autonomia administrativa do Estado. “Cabe esclarecer que, em momento algum, o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) tira ou diminui a autonomia administrativa do Estado. Pelo contrário. A adesão ao programa representa, na prática, o início do desejado e necessário reequilíbrio das contas públicas de Minas Gerais”.

Proposta está na Assembleia

A proposta de adesão de Minas ao RRF é de autoria do governador Romeu Zema e tramita na Assembleia Legislativa desde o ano 2019. O projeto não teve a apreciação iniciada porque não há consenso entre a maioria dos deputados sobre sua necessidade. Os deputados avaliam que há grandes riscos de afetar ainda mais as finanças do Estado. No primeiro semestre deste ano, a arrecadação de Minas subiu R$ 8,9 bilhões a mais do que o mesmo período do ano passado em um desempenho que não justificaria o drástico ajuste fiscal.

Pela proposta, Minas ficaria nove anos sem pagar o serviço da dívida, hoje, de cerca de R$ 691 milhões mensais (valor de maio passado). O valor da dívida principal é de R$ 130 bilhões junto ao Governo federal, mas nunca foi auditada. Em contrapartida, o Estado terá que vender suas empresas estatais, como Cemig e Copasa, e congelar salários dos servidores, concursos e benefícios fiscais pelo mesmo período. E mais, as decisões administrativas só serão adotadas se tiver o aval de um comitê federal de cumprimento do RRF.

Há 3 anos e meio, Minas não faz o pagamento do serviço da dívida por força de liminar obtida em 2018, pelo governo de Fernando Pimentel (PT), junto ao Supremo Tribunal Federal.

LEIA MAIS: Reajuste consecutivo da gasolina tira contas de Minas do vermelho

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Cleyton Ferreira

Minas Gerais sempre foi explorada desde a sua fundação como estado. Primeiro tirando todo o ouro e demais riquezas, depois o minério de ferro e agora com o pacto federativo onde a União fez um esquema de tomar através de juros abusivos e sequestro tributário o dinheiro dos mineiros.

wilton

se sindicato é contra é porque o negócio é bom para o Estado…

Mauro Sampaio

O Síndifisco ou qualquer outro sindicato UTE, CUT, só olham pro si! Estão pouco se lixando para os recursos do estado! Querem manter seus privilégios ! Mesmo que isso leva o estado a falência! Foi aumentando os privilégios que Pimentel quebrou O estado de MG.