A Vale S.A., mineradora multinacional brasileira, e executivos são processados por fundos da África do Sul com portfólios de US$ 37 bilhões (R$ 207,3 bilhões – câmbio às 13h50). Motivo: alegam prejuízos em consequência de informações falsas. A empresa certificava a segurança nas barragens de rejeitos de minério de ferro. Mas, ocorreu a tragédia com rompimento de barragens na Mina Córrego do Feijão, em Córrego do Feijão, município de Brumadinho (MG). Os fundos, portanto, alegam perdas de quase 30%, logo após.
De acordo com o portal da revista Veja, nesta sexta (26/11), os fundos ingressaram com ações na Justiça dos Estados Unidos. A tragédia no Córrego do Feijão foi em 25 de janeiro de 2019 e causou 270 mortes. Mas, sete corpos ainda não foram resgatados.
Os fundos em questão, são administrados pela gestora Orbis Investment. Na ação, lembram, por exemplo, que o então presidente-executivo da Vale, Fabio Schvartsman, declarava, como atestar a segurança: “Mariana, nunca mais!”. A referência era, então, à tragédia na mineradora Samarco S.A., controlada da Vale, em 5 de novembro de 2015. Lá, se rompeu a Barragem Fundão, na Mina Germano, causando 19 pessoas. Leia mais AQUI.
MATÉRIA RELACIONADA
Indenizações por tragédia em Mariana atingiram R$ 8,71 bilhões em 2021
PF indicia pessoal da Vale da Tüv Süd
A Vale recebeu outra notícia desfavorável, também nesta sexta (26/11). A Polícia Federal concluiu as investigações, em Brumadinho, e pediu, portanto, o indiciamento de 19 pessoas. Elas são da Vale e da empresa de consultoria e engenharia de segurança em mineração Tüv Süd, com sede em Munique, na Alemanha. Leia AQUI.
Julgamento adiado na Alemanha
A Tüv Süd, por sua vez, julgada na Corte de Munique. Julgamento foi aberto em setembro, mas suspenso de imediato. A Corte marcou, portanto, nova audiência fevereiro de 2022. Leia AQUI.
Fiemg processa ambientalista criador do Projeto Manuelzão
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) ingressou na Justiça com ação de queixa-crime contra o médico Apolo Heringer. Ele acusou, em seu blog, as indústrias de mineração e outros setores econômicos de crime contra a água de subsolo no Estado, portanto, prática de danos ambientais. Apolo é professor da Faculdade Medicina da UFMG, ambientalista e fundador do Projeto Manuelzão (dentro da universidade).
Posição da federação, entretanto, provocou reação imediata de solidariedade ao ambientalista nas redes sociais. Leia matéria do jornal Estado de Minas: Fiemg processa ambientalista por difamação nas redes sociais
LEIA TAMBÉM:
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.