O grupo hackers Anonymous Brasil invadiu, na terça (21/12), o site da Prefeitura de Brumadinho (MG) e deixou mensagem (vídeo de 2’20”) com ameaças à Vale S/A. O motivo é a contrariedade com a postura da Justiça, por não haver condenado culpados pela tragédia na Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019. O rompimento de barragem de rejeitos de minério de ferro da Vale causou 270 mortes. Além disso, houve danos materiais e ambiental.
Em nota, a Prefeitura garantiu, entretanto, que não houve prejuízos, pois, há o sistema de backup. Não detalhou, porém, se ocorreu roubo de dados.
Aquela mina da Vale fica no arraial Córrego do Feijão. A tragédia ocorreu pouco mais de três anos (05/11/2015) após a tragédia na Mina Germano, da Samarco, em Mariana. Naquele município, a causa foi também rompimento de barragem de rejeito, causando 19 mortes. Samarco pertence à Vale e australiana BHP Billiton.
Reveja matérias do site ALÉM D FATO sobre a tragédia na Mina Córrego do Feijão.
“Não perdoaremos. Nos aguardem”.
Anonymous aponta insensibilidade dos acionistas da Vale diante de tantas mortes. O vídeo termina, então, com a ameaça: “Aos assassinos da Vale, e às instituições que trabalham dia e noite para garantir suas impunidades, deixamos um aviso: Nós não perdoaremos. Nos aguardem”.
O grupo relembra que o então diretor-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, fora alertado, via e-mail, quinze antes do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão. Mas, que nada fizera. E que, portanto, apontado como responsável, o executivo figurou como réu perante a Justiça de Minas. Todavia, o processo foi anulado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que alegou competência federal.
Anonymous manifestou, portanto, sua contrariedade pelo fato de que, passados três anos, não haver condenados: “dezesseis executivos assassinos estão soltos”.
Até a edição deste post, o vídeo do Anonymous continuava hospedado na rede social Twitter. Veja a íntegra da nota da Prefeitura de Brumadinho:
Nota oficial – Invasão ao site da Prefeitura de Brumadinho
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.