As atitudes do presidente Jair Bolsonaro não seriam toleradas nos quadros da Marinha do Brasil, dentro do quilo que o Comando prescreve para a tropa em “obrigações” e “deveres militares”. O comportamento mais noticiado do presidente da República, de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, por vezes (ainda que dosadas) ao Congresso, no papel, contrariam, então, princípios da esquadra.
Ser militar da Marinha, portanto, implica em preservar as instituições de Estado. Isso é o que se traduz facilmente das exigências que faz o Comando da Marinha em publicação oficial desta segunda (02/05).
Aquele compromisso regimental foi posto de forma cristalina no Edital do atual concurso público para o quadro técnico do Corpo Auxiliar da Marinha, datado de 28/04/2022. As relações entre os Três Poderes da República não são nominadas, mas isto está implícito nas suas linhas.
O edital abre, pois, na Parte 1 – Normas Para o Concurso Público, com uma versão do regimento da esquadra. O compromisso do militar com a “fidelidade à Pátria”, entre outras posturas, via defesa das “instituições”, aparece para os interessados. Veja um trecho abaixo:
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