Sabatinas de secretários na Assembleia vão travar ajuste fiscal de Zema Sabatinas de secretários na Assembleia vão travar ajuste fiscal de Zema

Sabatinas de secretários na Assembleia vão travar ajuste fiscal de Zema

  • por | publicado: 04/10/2019 - 18:54 | atualizado: 05/10/2019 - 00:23

Deputados goianos participam de audiência na Assembleia de Minas, foto Daniel Protzner/ALMG

Na mesma semana em que o governo Zema (Novo) prometeu, mais uma vez, apresentar seu plano de recuperação fiscal ao Legislativo mineiro, os deputados estaduais iniciam a 2ª etapa do Assembleia Fiscaliza. A partir desta segunda (7), secretários de estado, em especial os da área econômica, e dirigentes de estatais serão sabatinados sobre as ações de cada órgão. Mais do que isso, terão que apresentar respostas aos requerimentos e sugestões dadas pelos parlamentares na primeira etapa da fiscalização.

As sabatinas começam nesta segunda e vão até o dia 18 deste mês. No primeiro ciclo do Assembleia Fiscaliza, realizado em junho, foram 16 reuniões que geraram cerca de 200 requerimentos. Todos com pedidos de informações e de providências. As discussões e solicitações foram sintetizadas em um relatório entregue ao governador Romeu Zema.

Nessa nova etapa, a expectativa é retomar os assuntos tratados em junho e averiguar se os compromissos assumidos foram efetivados. Além disso, novos temas que emergiram nos últimos meses devem pautar as reuniões.

Cautela e caldo de galinha

O governo mineiro parece ter reconhecido o papel da Assembleia, ou pelo menos por cautela, razão pela qual tem adiado o envio do projeto de ajuste fiscal. Essa é a sua principal medida para tirar as contas do vermelho. Esses projetos contêm medidas polêmicas, complexas e altamente impopulares como a venda de estatais (Cemig, Copasa, entre outros), congelamento de reajuste de salários, de promoções e até de incentivos fiscais.  

Tanto é que secretários e o próprio Romeu Zema têm intensificado conversas e reuniões com o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), lideranças de outros partidos e até com segmentos do setor empresarial e da comunicação.

A razão maior é que o governo sabe que não tem apoio político para aprovar o projeto ou os projetos. Buscará um consenso mínimo para isso e, talvez, o faça após a realização da segunda bateria de sabatinas.

Privatização é reprovada

Na quinta (3), os deputados deram mais uma demonstração da resistência à privatização de estatais. Foi realizada audiência pública com deputados da Assembleia de Goiás sobre o tema. Nessa Assembleia, foi aberta uma CPI para apurar a venda da estatal de energia elétrica de lá, a Celg, que foi adquirida pela empresa italiana Enel.

Os deputados goianos disseram que a privatização da companhia de energia gerou prejuízos e aumento da conta de luz para a população. A mensagem deixada pelos deputados goianos é para que os mineiros impeçam a privatização de sua principal estatal.

De acordo com o deputado Henrique Arantes, presidente da CPI da Enel, a estatal era ruim, mas ficou pior após a privatização. E ainda perguntou referindo-se à Cemig, “imaginem vocês que tem uma empresa boa, que dá lucro”.

Disse mais que a Enel pretende comprar a Cemig, que os italianos têm interesse no lucro e que não irão querer fazer justiça social. A Enel é uma empresa com sede em Roma que atua na distribuição e geração de energia elétrica, além da distribuição de gás natural.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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