A paralisação da frota Boeing 737-9 Max, nos Estados Unidos, após dois recentes incidentes muito próximos, gera “expectativa de impacto negativo de US$ 150 milhões” para a holding Alaska Air Group, em 2024. No primeiro, em 28/12, uma companhia de voos internacionais relatou à Boeing Company sobre um “parafuso solto” do leme.
No segundo, em 05/01, parte da fuselagem de uma aeronave da Alaska Airlines se soltou em pleno voo. Este, portanto, bem mais grave, mas sem provocar vítimas. A autoridade norte-americana Administração Federal de Aviação (FAA), então, determinou aterramento e inspeção de todos os modelos em operação no país.
Nesta quinta (25/01), a Alaska Air Group (Grupo Alaska) enviou comunicado de resultados consolidados à Securities and Exchange Commission (SEC). Nele prevê o “retorno gradual ao serviço da frota de 737-9 MAX até o início de fevereiro”. Se isso ocorrer, a companhia acreditada em crescimento, ao menos, de 3% na performance no lucro líquido de 2024 comparado a 2023. Ou seja, atingiria o índice mínimo projetado antes da intervenção pela FAA. O máximo presumível chegava aos 5%.
Lucro da Alaska avançou 305%
Em 2023, a Alaska Air teve lucro líquido de US$ 235 milhões, pelos critérios dos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP). Representou, portanto, salto de 305,1% sobre 2022. Entretanto, se excluídos “itens especiais e ajustes de contabilidade de hedge de combustível de marcação a mercado”, seriam bem acima: US$ 583 milhões e US$ 556 milhões, respectivamente.
Essa observação aparece no comunicado à SEC. Este critério é tratado, na contabilidade norte-americana, de “lucro líquido ajustado não-GAAP por ação”.
Distribuição de US$ 200 milhões aos empregados
A Alaska Air apresentou receita operacional consolidada de US$ 10,426 bilhões em 2023, portanto, 8% superior ao ano anterior (US$ 9,646 bilhões). O balanço, entretanto, não foi auditado.
A companhia distribuiu US$ 200 milhões entre empregados como “incentivo” pelas metas atingidas em 2023: lucratividade, sustentabilidade, operacionalidade e segurança.
Aterramento dos Boeing 737-9 Max
A Alaska Airlines, em nota à imprensa, destacou quatro itens das providencias após incidentes com os 737-9 Max:
. Inspeções em toda frota em fase de conclusão, com retorno gradual de cada aeronave às operações, “após conclusão da inspeção e a resolução de quaisquer descobertas”;
. Término da inspeção dos modelos 737-900ER “com apenas uma pequena constatação, que foi imediatamente corrigida”;
. Procedimentos de “revisão completa dos sistemas de controle e qualidade de produção da Boeing”;
. “Iniciou um programa aprimorado de supervisão de qualidade nas instalações de produção da Boeing, expandindo nossa equipe para validar o trabalho e a qualidade de nossas aeronaves à medida que progridem no processo de fabricação” (sic).
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Em operações conjuntas com “parceiros regionais”, a Alaska Airlines cobre mais de 120 destinos nos Estados Unidos, Bahamas, Belize, Canadá, Costa Rica, Guatemala e México.
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